Tentativa de fuga e/ou rixa entre os detentos. Ainda não ficou esclarecido o que de fato aconteceu no presídio de Catalão de segunda para está terça-feira (01), mas a desordem ali iniciada pouco depois das 20h resultou na morte de dois detentos e cerca de 15 feridos.
A Polícia Militar foi acionada e o Grupo de Operações Penitenciárias (Gore) usou a força com bombas de efeito moral e tiros de balas de borracha para controlar os ânimos. O Corpo de Bombeiros fez o socorro dos feridos.
De acordo com informações extraoficiais, alguns presos cerraram uma grade para tentar fugir e impedidos pelos agentes prisionais de plantão acabaram se rebelando. Outros dão conta ainda que tudo começou por brigas entre os detidos.
As duas colocações foram sustentadas pelo presidente da Seccional Catalão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Roberto Ferreira Campos, que serviu como interlocutor do acontecimento diante da inação da direção da prisão em dar explicações. Segundo ele, houve mesmo uma tentativa de fuga que frustrada pelos carcereiros culminou na revolta dos presidiários. “Nós averiguamos a situação de perto e foi isso que foi constatado. O resultado dessa confusão gerou dois mortos e alguns feridos que já receberam atendimento médico e foram transferidos para Goiânia. Os presos mesmo que mataram dois homem e não a polícia como estão dizendo por aí”, afirma.
José Roberto explicou que na condição de representante de uma instituição defensora dos direitos humanos se colocou no caso, tendo havido também a solicitação dos detentos, de suas famílias e forças policiais. Preocupados, parentes dos presos não tiveram permissão para adentrar a unidade prisional e queixavam a todo momento não ter informação sobre seus entes.
Na manhã de hoje o clima ainda estava tenso e do lado de fora gritos, xingamentos e palavras de ordem foram lançados contra a direção do presídio, a PM que fazia o isolamento do local e até mesmo ao juiz da área criminal, André Luiz Novais, que pediu pessoalmente calma às famílias, mas foi duramente hostilizado – não houve agressão física.
Com relação aos mortos, são eles: João Paulo Santos Lacerda e Josué Alves dos Santos, naturais de Uberlândia-MG. A idade de cada um não foi revelada e os corpos ainda estão no IML.
Por: Gustavo Vieira
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