Eles irão visitar casas em 115 cidades onde vivem cerca de 30% da população brasileira até a próxima quinta-feira (18). A investida será um reforço da ação deflagrada pelo governo federal para reduzir os casos de dengue, chikungunya e zika – vírus que pode causar microcefalia em recém-nascidos.
Segundo Marcos Quito, coordenador da Sala Nacional de Coordenação e Controle para Combate ao Aedes aegypti – o núcleo de inteligência operacional das ações do governo -, o quadro será composto principalmente por profissionais da saúde. “Os militares se somam ao quantitativo de 266 mil agentes de controle de endemias e 49 agentes comunitários de saúde, que já fazem visitas programadas. Eles somam esforços e vão trabalhar junto com esses atores para fazer essas visitas em domicílio”, diz.
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, afirma que o número de integrantes das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) empenhados contra o mosquito será 10% maior que previsto inicialmente e o efetivo pode ser ampliado. “Ultrapassamos a previsão que era de 50 mil integrantes, mas devemos ultrapassar os 55 mil integrantes para esta operação”, considerou. “Nós vamos alcançar todas as regiões metropolitanas e as capitais”, afirmou.
Quito diz que o processamento de dados que chegam à sala, montada no final do ano passado nas dependências do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), foi o que permitiu mapear as 115 cidades nas quais os militares e os agentes irão atuar na próxima semana.
Os municípios escolhidos abrigam necessariamente mais de 50 mil habitantes, que somam cerca de 60 milhões de pessoas – incluindo as 27 capitais.
Outro critério determinante foi o fato de essas cidades terem incidência de dengue maior que 100 casos por 100 mil habitantes. “São municípios considerados de risco, que nós precisamos promover ações imediatamente para reduzir esse cenário da dengue elevada”, observa.
Educação
Os militares devem participar também, a partir da sexta-feira (19), de ações em escolas e universidades. O objetivo, neste caso, é atrair os estudantes à campanha de combate ao Aedes aegypit. “É importante entender que sob a ótica de uma emergência, como estamos vivendo agora, é necessário a articulação de todos os atores”, afirma Quito.
O coordenador ressalta que o Aedes precisa ser enfrentado com o sentimento de nação, com participação de todos para eliminar os locais onde os mosquito pode se reproduzir a partir de água parada.
“É importante que a sociedade entenda que todos nós precisamos dar a nossa cota de responsabilidade nessa batalha. Somente com a mobilização forte e o engajamento de todos é que nós vamos, de fato, conseguir destruir esse vetor e acabar com a transmissão da dengue, da zika e da chikungunya que nós temos no País hoje”, considerou.
Fonte: Portal Brasil
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