O mês que começa, com a retomada dos trabalhos do Legislativo, apesar de ser de início das atividades, não tem previsão de ser nada tranquila. Primeiro por ser o 2016 um ano político e a política já estar a toda na cidade. Depois, pelas divergências fortíssimas entre bancada governista e oposição.
A primeira sessão ordinária do ano, ocorrida ontem, 02, reservou apenas três projetos de lei e cerca de uma hora e meia para discutir apenas um deles: o PL nº 09/16. De autoria do prefeito Jardel Sebba (PSDB), o texto, aprovado por unanimidade, buscava da Câmara a autorização para a aquisição de cinco motocicletas para a Saúde – para atender o programa Remédio em Casa.
A oposição, que encontra sempre uma brecha para criticar Jardel, não poupou desse talento primor e usou a administração do pequeno município de Ouvidor nas investidas. “Enquanto ele (Jardel) compra cinco motos, o prefeito de Ouvidor (Onofre Galdino – PMDB) adquiriu cinco ônibus para a população”, disse o vereador Daniel do Floresta (PMDB). “Eu voto favorável ao projeto, mesmo sem acreditar nesta administração que aí está”, completou o peemedebista Jurandir Antônio.
Por sua vez, o presidente da Casa, Juarez Rodovalho (DEM), já acostumado com a artilharia pesada dos colegas de oposição, disse que não espera menos daqui por diante. “O ano é político e as coisas vão ficar feias por aqui. Só para você ver, discutimos um projeto simples, de compra de veículos para a Saúde, e o debate durou uma hora e meia; a sessão foi terminar depois das 17h. Não vai ser fácil e a tendência é mesmo que piore, agora os membros da oposição têm que ter mais bom senso para ajudar nisso aqui”, reclama o democrata.
Os demais projetos (nº10/16 e nº11/16) aprovados, também de autoria do prefeito, versam sobre ajuda financeira a atleta de fisiculturismo que participará do Campeonato Arnold Classic Brasil, e convênio com a Emater para a transferência de recursos para a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária.
A reunião legislativa só não contou com o ex-presidente Deusmar Barbosa, do PMDB. Aparentemente sua falta não foi justificada.
Por: Gustavo Vieira
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