O Ministério Público de Goiás desmontou por meio da Operação Tarja Preta um esquema de venda fraudada e superfaturada de medicamentos e equipamentos hospitalares e odontológicos para prefeituras do Estado. Todas as gravações foram feitas neste ano e 59 pessoas, entre as quais 15 prefeitos, um ex-prefeito, 17 secretários municipais, empresários e advogados de seis empresas de material hospitalar, especialmente de Goiás, foram responsabilizados na justiça de acordo com sua participação no esquema.
A quadrilha também agia em outros Estados e Uberlândia é citada 43 vezes em escutas telefônicas transcritas pelo Ministério Público do Estado de Goiás. O município de Araguari também aparece 119 vezes no relatório.
O nome do ex-coordenador de rede de saúde no governo passado em Uberlândia, o médico Adenilson Lima, que hoje é secretário de Saúde em Catalão, é mencionado nas gravações obtidas pelo MP goiano. As conversas do secretário do prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), foram mantidas com o advogado Tomaz Edilson Felice Chayb, que está detido preventivamente pela Justiça goiana. De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que determinou a prisão, o advogado “é o responsável por hipoteticamente forjar os procedimentos licitatórios e os de dispensa de licitação nas prefeituras”. Ainda de acordo com a decisão judicial goiana, há indícios de que o escritório advocatício de Tomaz Chayb estivesse “infiltrado” em vários municípios. “Em tese, seguram e direcionam os editais, adiando pregões ou cancelando licitações”, menciona trecho da sentença autorizando a prisão preventiva dos suspeitos. O escritório de Tomaz Chayb prestava serviço tanto para a Prefeitura de Catalão como a de Araguari.
Em resposta a matéria publicada pelo Correio de Uberlândia, uma citação faz saber que o escritório de advocacia Ribeiro e Silva, de Uberlândia, supostamente do advogado Rodrigo Ribeiro, aparentemente outro interlocutor nas fraudes; presta serviços para o prefeito de Catalão, para o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e inúmeras prefeituras e Câmaras Municipais de Goiás. O MP poderá encontrar esse levantamento se verídica a informação.
Diálogos
Na conversa entre Adenilson Lima e o advogado ainda detido na capital goiana, eles marcaram um encontro em Uberlândia na porta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) no dia 17 de abril deste ano. “Ele (Tomaz Chayb) tinha um escritório de advocacia que prestava assessoria para a Prefeitura de Catalão, então, ele me fazia diversas ligações, mas não fizemos nenhum contrato e não homologuei nenhuma licitação dele. Tanto é que não fomos (Prefeitura de Catalão) indiciados na investigação e muito menos mencionados na decisão judicial”, afirmou o médico Adenilson Lima.
Confira abaixo a matéria na íntegra http://www.correiodeuberlandia.com.br/confidencial/2013/11/07/tarja-preta/
Por: Gustavo Vieira com informações do Correio de Uberlândia
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