A afirmação de que o esquema de corrupção funcionava desde o governo tucano não é nenhuma novidade, mas estranhamente o juiz Sérgio Moro, que comanda o processo da Lava Jato em Curitiba, no Paraná, decidiu investigar somente a partir de 2003.
No entanto, com base nos depoimentos dos delatores, o Ministério Público Federal disse que há provas que demonstram que os pagamentos de propina ocorriam desde 1999, portanto durante o governo do PSDB.
Nos primeiros depoimentos, Pedro Barusco, diretor e funcionário de carreira da Petrobras, disse que recebeu US$ 21 milhões de Luís Faerman e Luís Barbosa, da SBM, em contas no exterior nesse período.
De acordo com reportagem da Folha, a denúncia pedindo a investigação foi feita em dezembro do ano passado, mas só foi aceita transformando-se em ação penal agora. Entre os réus estão os ex-funcionários da Petrobras Jorge Zelada, Renato Duque, Pedro Barusco e Paulo Roberto Buarque Carneiro, além dos ex-representantes da SBM no Brasil Julio Faerman e Luís Eduardo Campos Barbosa.
Para o juiz Vitor Valpuesta, há indícios mínimos do cometimento de crimes como corrupção ativa, passiva e evasão de divisas para abertura de processo que foi instaurado em 13 de janeiro. O que impediu Moro de fazer o mesmo?
O juiz também determinou o desmembramento do processo em relação aos sete representantes estrangeiros da SBM que foram alvos da denúncia.
Portal Vermelho
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