De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda (18), a expectativa das instituições financeiras consultadas semanalmente pela autoridade financeira é de que a Selic, que hoje está em 14,25%, chegue a 14,75%.
Não faltam argumentos contrários à elevação dos juros. Empresários, economistas, professores e sindicalistas têm levantado a voz para denunciar que uma decisão neste sentido só aprofundaria a recessão, geraria mais desemprego e não teria efeitos sobre a inflação.
Mesmo assim, para o fim de 2016, a estimativa mediana dos analistas (que desconsidera os extremos nas projeções) para a Selic é 15,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é que a taxa básica seja reduzida, encerrando o período em 12,88% ao ano. Na semana passada, essa mesma previsão ficou em 12,75% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Nesse sentido, cada vez que o Comitê de Política Monetária (Copom) decide elevar a taxa básica de juros (Selic), o consumidor sente os efeitos da decisão diretamente no bolso. Em seguida, as instituições financiadoras repassam a alta para o crédito ao consumidor – tanto nos empréstimos bancários como nas compras feitas à prazo.
Para forçar a manutenção dos juros em patamares tão elevados e mesmo a elevação da Selic, rentistas, setores da mídia conservadora e especuladores do mercado financeiro apostam na estratégia de espalhar o pânico, alardeando uma previsão de inflação acima do teto da meta, fixado em 6,5%.
A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustado pela terceira vez seguida, ao passar de 6,93% para 7%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda não chegue ao centro da meta, em 5,40%. A previsão anterior era 5,20%.
As instituições financeiras também projetam retração da economia, em 2016. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, permanece em 2,99%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por recuperação da economia, com crescimento de 1%. A estimativa anterior de expansão era 0,86%.
A produção industrial, segundo o Boletim Focus, deve apresentar retração de 3,47% este ano, contra 3,45%, previstos na semana passada. Em 2017, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento foi ajustada de 1,98% para 1,80%.
Já a projeção para a cotação do dólar segue em R$ 4,25, ao final de 2016, e foi alterada de R$ 4,23 para R$ 4,30, no fim de 2017.
Agência Brasil
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