Foi sinalizado ontem , 08, que a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Técnico-Científica, a Agência Prisional e a Polícia Civil de Goiás poderiam entrar em greve com paralisação quase que total de suas atividades hoje, quarta-feira.
Hoje, todos os órgãos citados e mais nove instituições, além dos servidores da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), iniciaram o movimento Operação Padrão Atividade Zero. Desde as 8h nenhuma ocorrência foi registrada e assim será até as 8h do dia seguinte, isso, segundos os dirigentes sindicais, para exigir do governo estadual o repasse da parcela referente ao reajuste de 12,33% previsto para os meses de novembro e dezembro.
O diretor financeiro do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás), Henrique Araújo, por telefone direto de Goiânia, explicou que os servidores precisam de melhores condições de trabalho e que acordos fechados em relação a data-base sejam cumpridos. “Isso é unicamente culpa do governador (Marconi Perillo – PSDB) porque ele não cumpriu com o acordo do reajuste salarial que foi feito, parcelado em quatro anos. Temos visto o governo gastando com shows, propaganda, perdoando dívidas milionárias de empresários e depois não cumpre um acordo feito na Justiça, na lei”, contou. Apenas os bombeiros estão atendendo com maior precisão.
A requisição de exame cadavérico, ainda segundo Henrique, só será feita após o ato devendo os corpos serem estocados nos IMLs. Flagrantes, registro de boletins de ocorrência, investigação, patrulha, prisão e outras ações também estão suspensas ou comprometidas.
Nota
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, por meio de nota, informou que tomou todas as medidas necessárias para garantir a prestação de serviços e a tranquilidade à população. O texto diz ainda que foi determinado aos comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, ao delegado-geral da Polícia Civil e aos superintendentes da Polícia Técnico-Científica e da Administração Penitenciária que adotem providências necessárias à apuração disciplinar e criminal de eventuais fatos decorrentes da Operação Produtividade Zero.
Segundo a SSPGO, somente entre 2014 e 2015, os servidores obtiveram reajustes da ordem de 32,2% (mais que o dobro da inflação do período). Para os próximos três anos, a previsão é de mais 37,5%. Além dos reajustes salariais lineares, desde 2011, 13.096 policiais militares, 2.349 bombeiros militares, 569 policiais civis, 1.052 servidores do sistema prisional e 429 servidores da Polícia Técnico-Científica foram promovidos. Em 2015, 1.739 policiais civis, 422 servidores da Polícia Técnico-Científica e 358 servidores do sistema prisional obtiveram progressão na carreira – o que redunda em valorização na remuneração.
Por: Gustavo Vieira
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