A morte de uma mototaxista e o assassinato brutal de um jovem em um dos residenciais do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) em Catalão, são alguns dos homicídios registrados recentemente e que servem de exemplo para mostrar o aumento da criminalidade. O último tinha passagens pela polícia.
Larissa Pereira Ribeiro, de 28 anos, foi assassinada, no dia no dia 20 de novembro, enquanto trabalhava. Após conduzir um homem e ligar para avisar os colegas onde estava, a mulher foi esfaqueada e o corpo abandonado em uma estrada de terra, próximo ao bairro Maria Amélia. O suspeito do crime, Aguinel Caitano de Sousa, conhecido como Pintado, enforcou-se três dias depois. O caso segue sob investigação.
O último homicídio ocorreu no último dia 23, perto das 20 horas. Dois homens adentraram a casa de Murilo Bruno Pires Alves (20), no residencial Copacabana (MCMV), e efetuaram diversos disparos de arma de fogo na presença de sua família. O rapaz morreu no local e os assassinos ainda não foram localizados.
As mortes de Larissa e de Murilo são, respetivamente, a 30ª e a 31ª de 2015, ou seja, até o dado momento, em média, aconteceu um assassinato a cada 14 dias em Catalão – com exceção os resultados de confronto com a polícia. O índice já é mais que o dobro de 2014, quando foram vitimadas 14 pessoas.
O assessor de comunicação do 18º Batalhão de Polícia Militar, aspirante oficial Roldão, disse saber que essa realidade vem assustando a população, e acrescentou que os órgãos de segurança pública estão mobilizados para garantir tranquilidade a todos. Segundo ele, o aumento da violência na cidade tem explicação. “Isso se deve ao enriquecimento da cidade, ao seu crescimento. Catalão oferece muitas vagas de emprego, o que atrai pessoas de todas as regiões do país, inclusive bandidos. Só para se ter uma ideia, a polícia até o momento recapturou 140 foragidos da Justiça, apreendeu 60 armas de fogo e 423 munições, além de vários quilos de entorpecentes. Estamos focando o nosso trabalho em abordagens e estamos organizando melhor todo o nosso efetivo para desenfrear a criminalidade”, explicou.
Roldão disse que a garantia da segurança pública não é só responsabilidade das polícias, mas também de cada cidadão. Ele contou que programas como o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas) e mecânicos de rápido atendimento como o Chamada Mais Segura, WhatsApp, Monitoramento Rural por GPS e Polícia Comunitária, entre outros, têm contribuído consideravelmente para o sucesso do trabalho policial. “Em breve vamos lançar também o Tablet Institucional. Com a parceria de um sindicato local, o Metabase, teremos a disposição nas viaturas esse dispositivo que nos auxiliará nas consultas de veículos e de indivíduos, como também irá servir como um avançado sistema de rota por GPS.” O número do WhatsApp da PM é: 64 9951 1144.
Com relação ao número de policiais militares em nossa cidade, cerca de 200, contou Roldão, “ele é mais que o suficiente porque não adianta eu ter grande número de policiais e não ter organização. Nós temos isso e também preparo adequado, contando ainda que em breve o nosso quadro será reforçado com o chamamento de mais policiais para servir à sociedade, o que deve acontecer a partir de janeiro do seguinte ano”, concluiu.
Outro dado levantado pela reportagem está ligado a quantidade de quase homicídio. Até agora foram registrados 22 atentados dessa natureza, o que mostra uma realidade atípica por ser mais comum os números de homicídios serem menores do que os de tentativas.
Por: Gustavo Vieira
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