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Obras de infraestrutura no Brasil, como de costume, demoram ser entregues

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Precisamente em 11 de março de 2011 um grande terremoto, o 5º maior já registrado na história, provocou uma série de enormes tsunamis que, juntamente, devastou áreas litorâneas do Japão.

A incrível reconstrução daquele país chamou atenção de todos em qualquer parte do globo. Com empenho, disciplina, compromisso e muito trabalho em apenas 11 meses tudo estava diferente. Casas, ruas, bairros e até cidades inteiras estavam quase totalmente reconstruídas.

Uma Agência Especial de Reconstrução foi criada pelo governo para administrar um fundo de 245 bilhões de dólares, bem como agilizar o processo para ajudar os municípios, estabelecer zonas especiais de reconstrução e fornecer subsídios para as áreas mais afetadas pelo desastre. Os resultados desse trabalho surpreenderam o mundo.

O desastre matou quase 19 mil pessoas (contando com desaparecidos) e provocou o pior acidente nuclear desde Tchernobil, deixando um indescritível rasto de destruição.

Já no Brasil, diferentemente de tudo no pequeno país asiático, a maioria das obras dos governos é feita sem tanta pressa. Como por exemplo, a estrada que liga o “nada a coisa nenhuma”, no meio da selva amazônica. Trata-se da rodovia Transamazônica que tem mais de 4 mil quilômetros de extensão, quase três deles de terra ou lama, e já está no seu 45º ano de obras.

Dois outros exemplos são a Ferrovia Norte-Sul, que já consumiu R$ 4,2 bilhões sob trilhos que jamais sentiram o peso de uma composição ferroviária, e a transposição do Rio São Francisco, que ainda não matou a sede do nordestino e já passa dos R$ 10 bilhões investidos – uma obra que deveria ser entregue em 2010 e que, talvez, será concluída em 2015.

Em Catalão a coisa segue no mesmo rumo. Em março desse ano o prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), deu início as obras de esgoto na cidade com o intuito de ampliar a rede em 25% da existente em pouco tempo. “Vamos ampliar a cobertura de 50% para 75% em até um ano e meio, metade do que foi feito em Catalão nos últimos 153 anos de Catalão”, disse Jardel.

 

 

Essa foto tirada na Rua Salustiano de Oliveira da Paz, no bairro Ipanema, mostra a obra sem qualquer maquinário e trabalhador, em plena segunda-feira, na manhã de hoje (5 de novembro). Em maio, a secretaria municipal de Obras afirmou que em 30 dias, ou seja, em junho, tudo ali estaria pronto.

O primeiro bairro a ser beneficiado seria justamente esse, seguido pelos setores Universitário, Santa Cruz, Vila Chaud, Castelo Branco e Pontal Norte. Mas o que se vê hoje é um trabalho que não anda e que não foi começado em alguns setores; o que tem atrapalhado a vida do cidadão. Mais de R$ 30 milhões devem ser investidos nessa ação que, possivelmente, não será terminada no prazo.

Jardel também lançou projetos que só tiveram gastos, demoraram e em nada resolveram, como o Recupera Catalão I e II. O interesse com os programas era dar um “tapinha” na cidade com podas de árvores e arborização, tapas buracos e outras intervenções. Com o fracasso da ideia, matos em áreas de lazer e buracos em quantidade astronômica são hoje cartões visitas dos moradores; coisa que Jardel abominava antes de ser eleito.

Outras ações do prefeito também merecem destaque, como o recapeamento asfáltico na área urbana que segue a passos lentos.

Voltando ao Japão, cerca de um terço dos fundos destinados à reconstrução das zonas afetadas pelo sismo e o tsunami que abalou aquele país, ainda não foi investido por alguns problemas administrativos, e mesmo assim, ele se mostra fortalecido e quase indestrutível como sempre.

 

Por: Gustavo Vieira

Blog do Mamede

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