Chuvas não aumentaram níveis das represas da região

As chuvas estão aí, bem tímidas, é claro, mas toda chuva é bem vinda, não é? E para quem pensou que os níveis dos reservatórios da região estão em situação confortável ou no mínimo enchendo gradativamente, está errado. Sabendo que o volume das represas em Goiás está em níveis preocupantes, observando ainda que as chuvas podem vir em menor quantidade, devendo se intensificarem mais para dezembro, a condição pode se agravar.

Os cinco reservatórios produtores de energia do Eixo Paranaíba, entre os Estados de Goiás e Minas Gerais, por exemplo, apresentam juntos volume útil de apenas 27,16%, contra 38,71% apurado outubro. O dado é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que mês a mês monitora as principais reservas hídricas para geração de eletricidade em todo o país.

De acordo com os levantamentos, a represa que conta com melhor volume é da Hidrelétrica de Serra do Facão, no perímetro de Catalão, que mostra no momento 42,01%. No mês passado eram 45,86% e 50,34% há três meses.

O lago da Usina Hidrelétrica de Emborcação, que banha o município de Três Ranchos, está agora com 28,77%, 31,89% estava há 30 dias e curiosamente detinha 32,27% de sua capacidade em agosto, período da estiagem.

Ainda no comparativo, a hidrelétrica de Itumbiara apresenta hoje índice de 27,56% contra 25,38% de São Simão, ambas no Sul Goiano, e 16,96% de Nova Ponte – MG. O ONS concluiu as análises neste domingo, 15.

Observações feitas pelo departamento controlador no início do ano indicam que, para o Centro-Oeste, a previsão é que ocorram chuvas com volumes abaixo da média histórica durante todo o ano e também em 2016.

As precipitações devem oscilar entre 30% e 50% na região, o que não é satisfatório para aumentar consideravelmente o volume das bacias hidrográficas.

Por: Gustavo Vieira