Segundo um novo balanço, o ataque, aparentemente lançado por forças dos Estados Unidos e que se prolongou por meia hora, fez 16 mortos, três deles crianças, e 37 feridos. “Este acontecimento é profundamente trágico, indesculpável e possivelmente criminoso”, afirmou Al Hussein num comunicado divulgado em Genebra.
O Alto Comissário da ONU pediu um inquérito aprofundado e transparente, destacando que “se for considerado pela Justiça como deliberado, um ataque aéreo a um hospital pode constituir um crime de guerra”.
A cidade de Kunduz é palco de confrontos desde que, na segunda-feira (28), os talibãs tomaram a localidade, seguindo-se uma ofensiva das forças afegãs, apoiadas por tropas dos Estados Unidos.
Na terça-feira (29), os Médicos Sem Fronteiras (MFS) divulgaram um comunicado afirmando que o hospital estava “sobrecarregado” com a chegada constante de feridos, foram atendidas entre segunda e terça-feira, 171 pessoas, entre as quais 46 crianças, a maioria com ferimentos de bala. “O hospital está inundado de pacientes”, disse Guilhem Molinie, representante do MSF no Afeganistão.
Depois do ataque, o MSF esclareceu que todas as partes envolvidas no conflito, inclusive Cabul e Washington, foram claramente informadas em várias ocasiões da localização exata (coordenadas GPS) de todas as instalações do hospital, a última das quais a 29 de setembro.
Fonte: Agência Brasil
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