A vereadora Regina Félix, do PSDB, vem mostrando a quem quer que acompanhe as sessões da Câmara de Vereadores de Catalão, ser alvo de perseguição dentro do próprio partido. Seus colegas de sigla, primeiro, a chutaram para escanteio em relação às decisões e encontros da legenda; curiosamente depois da reprovação das contas de 2007 do ex-prefeito Adib Elias (PMDB), em agosto desse ano. Regina votou contra.
Agora, acusada de estar em cima do muro por alguns edis sobre o Projeto de Lei, nº 93, de 2013, do vereador João Antônio, que dispõe competência aos farmacêuticos dispensar antibióticos sem receita médica, Regina se defende e durante o encontro no legislativo ocorrido ontem (29) rebateu essa acusação na tribuna. Citou o vereador Valmir Pires (PSDC) em seu discurso com um toque de rispidez e apontou que ele sim não sabe de que lado está, uma vez que o projeto põe a classe médica e a categoria farmacêutica de Catalão em conflito de opinião e interesses. Os médicos são contrários a PL e estão se mobilizando em desfavor dela.
“O vereador Valmir sim é que está em cima do muro. Pressionado pelos farmacêuticos no plenário da Câmara, os maiores interessados no projeto, voltou atrás em seu voto e aprovou um projeto que traz riscos à população”, disse Regina.
Regina que é enfermeira e atuou na área por vários anos, explicou que não é a favor do projeto porque a venda de antibióticos sem consulta médica acarreta em problemas comuns nos dias de hoje, como a resistência da bactéria ao medicamento, o disfarce dos sintomas e outros agravantes.
Regina deu a entender que o PL de João Antônio é irresponsável, inconsequente e que ele, por não ter formação clínica, não tem competência para lançar um projeto de tal importância.
João Antônio, por sua vez, usou do direito de resposta e também na tribuna disse que um vereador para por um texto em discussão não precisa ser diplomado em determinada área. Segundo ele, ter conhecimento de causa é o suficiente. “A professora e ministra da saúde [satirizou], Regina Félix, deve entender que um vereador não pode se limitar em uma determinada coisa. Independente de sua formação ou conhecimento ele pode e deve intervir em outras áreas. O que se deve discutir em todo caso é o melhor para a população”.
Para João Antônio os farmacêuticos têm total competência e segurança para dispensar antibióticos sem a prescrição médica. Para ele o alto custo de uma consulta, muitas vezes para se dispensar medicamentos de baixo custo, torna a visita a um médico inviável para classe de baixo poder aquisitivo.
Regina Félix absteve-se do voto no projeto de João Antônio, apreciado no dia 22 de outubro, e foi isso o que revoltou os demais vereadores, uma vez que ela é contra o texto. A vereadora disse que torce para que o prefeito, Jardel Sebba (PSDB), vete o mesmo e que irá acompanhar a decisão do chefe do executivo. A possibilidade de isso acontecer é muito grande já que Jardel é médico e apoia sua classe.
Por: Gustavo Vieira
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