imagem: divulgação
Fotos divulgadas na sexta-feira (25) pelo jornal O Globo mostram a covardia de um Policial Militar agredindo a repórter do veículo, Tatiana Farah. Ela já estava machucada por dois disparos de balas de borracha desferidos pela Tropa de Choque da PM, no último sábado, em São Roque, no interior do estado e, mesmo assim, sofreu agressão estúpida defetuada por um agente da polícia do governo Geraldo Alckmin (PSDB).
A repórter está em licença médica e realizou exames de corpo de delito. Ela ainda sente dores no braço e na cabeça e ainda não se sentia bem. Hoje ela autorizou a divulgação de uma imagem de suas lesões (na foto, ela é agredida por um policial e no detalhe, os ferimentos da bala de borracha e golpes de cassetete).
Cenas como esta, que aconteceram centenas de vezes nas manifestações populares que ocorrem desde o mês de junho em São Paulo, causaram grande indignação na categoria e desencadearam a realização do ato de protesto contra a violência policial a jornalistas, que aconteceu na segunda (28), às 17 horas com concentração na praça Roosevelt, região central de São Paulo. No mesmo dia 28, antes da manifestação política, às 15h30, os organizadores realizaram coletiva à imprensa no auditório Vladimir Herzog do SJSP.
Além das direções do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo (Arfoc/SP), Associação dos Jornalistas Veteranos no Estado de São Paulo (Ajaesp), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Central Única dos Trabalhadores de SP (CUT/SP) que já haviam confirmado participação no ato, o movimento ganhou nesta sexta-feira a adesão da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
O SJSP, a Fenaj, a Arfoc/SP, a Ajaesp, a Abraji e a CUT/SP têm acompanhado com preocupação a crescente violência policial contra jornalistas nas manifestações públicas. Durante os protestos de junho, o próprio SJSP produziu um relatório dos jornalistas feridos e detidos pela PM e ou agredidos pelos manifestantes.
A Abraji apontou em levantamento recente que, de vinte agressões registradas contra jornalistas, 85% foram cometidas pela PM. Em 2012, estudo do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) já apontava que o Brasil ocupava o terceiro lugar nas Américas e o 11º no mundo no ranking de impunidade de crimes praticados contra os profissionais de imprensa.
A situação é tão preocupante que, recentemente, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República reconheceu que os ataques recentes da PM a jornalistas são “resquícios da ditadura militar”.
“É chegada a hora da reação e da discussão necessária para dar um basta aos aparelhos de repressão do Estado que assumem o papel de violadores da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. Verdadeiro atentado à democracia!”, avalia a direção do SJSP em editorial publicado na última edição do jornal Unidade.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas de S. Paulo
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