No dia 11 de setembro do ano anterior diversas árvores foram cortadas por funcionários da Prefeitura Municipal de Goiandira, na entrada da cidade, e vários Ipês Amarelo, Rosa e Roxo deixaram de embelezar o local onde floresciam anualmente. A belíssima árvore, que tem vários subtipos, está na lista de espécies ameaçadas em alguns estados brasileiros, o que não é o caso de Goiás.
Naquele período a Prefeitura emitiu nota alegando que a medida atendia solicitação da empreiteira Caiapó, vencedora da licitação para reconstruir o asfalto naquele trecho. A área, mesmo estando dentro da cidade, é considerado parte da GO-210, rodovia que dá acesso a Catalão e a outras cidades.
De acordo com o documento as árvores eram inadequadas para o local por serem de grande porte, e houve quem fosse contra o corte dos exemplares e quem também apoiou a ação. Até mesmo um abaixo-assinado foi entregue ao prefeito Erick Marcus (PT) pedindo providências para que as árvores fossem retiradas.
Ao que pareceu, além de nova pavimentação, a via de mão dupla seria alargada com a intervenção e com a retirada do canteiro central. Só que quase um ano depois nada foi feito, e os troncos que restaram e não morreram acabaram brotando.
A reportagem conversou com o secretário municipal de Meio Ambiente de Goiandira, Danilo do Prado Bueno, que disse que a avenida, por ser na verdade uma rodovia estadual, está sob os cuidados da Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras). “Mesmo que a GO passe dentro de Goiandira, ela é de responsabilidade do Estado. Assim sendo, é ele quem deve empregar ações de ampliação, recapeamento e outros. A prefeitura pode realizar alguns trabalhos, mas não é sua obrigação”, disse.
Sobre o corte dos Ipês, Danilo contou que logo após o feito um morador processou o Município com a sustentação de que as plantas lenhosas são espécies protegidas por lei, devendo, por isso, serem preservadas. “Com relação a isso, a Justiça julgou improcedente a ação porque observou a necessidade da intervenção, que foi para possibilitar a repavimentação da rodovia, e também porque as árvores, mesmo sendo Ipês, são artificiais oriundas de viveiros. Na sentença o juiz analisou que aquelas que estão no mato, nas fazendas é que não podem de maneira alguma serem cortadas. Acredito que foi isso”, completou.
O secretário falou que as obras de melhoramento da parte urbana da rodovia devem começar a partir deste mês, segundo prometeu aos goiandirenses Jayme Eduardo Rincon, presidente da Agetop.
Por: Gustavo Vieira
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