“Chegamos a um denominador comum, bom para todos. Agora, o projeto vai seguir o seu ritmo normal”, afirmou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que foi pessoalmente ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira (29) para comunicar à presidenta Dilma Rousseff o resultado das negociações.
“A presidenta ficou satisfeita com a negociação bem-sucedida”, completou o ministro em entrevista ao Estadão. O governo brasileiro não classifica a redução das taxas como uma vitória, mas sim, um acordo possível e bom para ambas as partes.
O contrato, que deveria ter sido assinado até 24 de junho, foi negociado em outubro do ano passado quando as taxas eram de 2,54%. Em maio deste ano tinham caído para 1,54%, mas em junho já tinham subido para 1,95% ao ano. O governo brasileiro buscou a renegociação das taxas querendo que fossem de pelo menos 1,98% ao ano. Os suecos resistiram, mas acabaram cedendo após a proposta de um acréscimo de uma taxa de administração de 0,35%, a ser cobrada depois do 11º ano de vigência do contrato, que é de 25 anos. Tentaram, ainda, reduzi-la para 0,17% e por fim, concordaram em excluí-la.
Com o acordo, a expectativa é da assinatura formal do contrato para que seja possível cumprir o cronograma de embarque, ainda em agosto, dos 100 engenheiros da Embraer e oficiais da Força Aérea que se mudarão para a Suécia para trabalhar no desenvolvimento do projeto de construção do Gripen NG. Pelo contrato, o banco sueco de fomento financiará 100% do projeto, com oito anos de carência e 15 anos para pagamento. Todas as 36 aeronaves serão entregues antes de o financiamento começar a ser pago. Os primeiros aviões devem chegar em 2019.
Portal Vermelho
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