Tucano gasta 11 salários mínimos em uma refeição e com dinheiro público
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apresentou uma conta de restaurante recorde para ser paga pelo Senado com dinheiro público. O valor foi de R$ 7.567,60 gastos em uma refeição na churrascaria Porcão, uma das mais caras de Brasília. A conta ultrapassa o valor de onze salários mínimos.
O gasto torna-se mais gritante pelo contraste com o discurso de seu colega de Senado por Minas, Aécio Neves, falando em cortar gastos públicos. Os gurus econômicos tucanos falam até em gerar desemprego com os cortes, o que eles chamam de “choque de gestão”. Também contrasta com as críticas tucanas ao programa Bolsa Família, com o agravante de a Paraíba ser um dos Estados onde este programa tem mais impacto na superação da pobreza dos cidadãos de baixa renda.
Ah! O valor também equivale a uma tonelada do feijão da propaganda partidária do PSDB na TV veiculada recentemente. Na propaganda, querendo inflar a inflação, mostrou uma simpática paraibana dizendo que o quilo do feijão custava R$ 7,00 em Campina Grande (na verdade, nas prateleiras do varejo na cidade o produto era encontrado por pouco mais de R$ 2,00 até pouco mais de R$ 4,00, dependendo do estabelecimento).
O almoço de R$ 7,5 mil aparece no portal da Transparência do Senado, como é exigido por lei, e foi noticiado pelo jornal “O Estado de São Paulo”. Ao jornal, a assessoria de Cássio Cunha Lima procurou justificar como motivo o banquete ter sido no dia de uma homenagem no Senado ao seu pai, Ronaldo Cunha Lima, já falecido. Para a homenagem vieram à Brasília parentes e pessoas próximas. Resta saber se o distinto público, sobretudo os cidadãos paraibanos, concordam com tais festanças serem feitas com dinheiro público e neste montante.
Outro recorde de gastos com estas verbas indenizatórias é do senador Aécio Neves (PSDB-MG) com aluguéis de escritório político em Belo Horizonte. Em agosto de 2013, o Senado pagou R$ 8.831,11 pelo aluguel, mais R$ 3.564,41 pelo condomínio e R$ 719,69 pelo IPTU, totalizando R$ 13.115,21.
No mesmo escritório, o senador ainda gasta com o dinheiro público do Senado R$ 243,89 para acesso à internet, quando encontra-se no mercado planos que atendem perfeitamente as necessidades por menos de R$ 80,00 em Belo Horizonte, o que dá mau exemplo pela displicência com o dinheiro público.
Assim, o tal “choque de gestão” tucano vira uma versão do popular “faça o que eu digo, não o que eu faço”.
Publicado originalmente no Blog Amigos do Presidente
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