Pesquisa divulgada no início do mês pelo Datafolha apontou resultado semelhante: 74% dos brasileiros são contra o financiamento empresarial. Os números deveriam dar impulso à reforma política e também colocam em xeque as posições do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que são contra o financiamento público de campanhas.
Há cerca de dois meses, Cunha conseguiu aprovar na Câmara, por meio de uma manobra regimental, proposta que insere na Constituição Federal a permissão para as empresas doarem exclusivamente aos partidos políticos – e não aos candidatos. A matéria foi aprovada com 330 votos, contra 141 – depois de ter sido reprovada um dia antes. Parlamentares recorreram ao STF alegando que a votação foi ilegal, mas o tribunal não acatou a ação.
No próprio Supremo, corre o julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que proíbe a doação de empresas privadas a campanhas eleitorais. O caso foi interrompido, no entanto, por um pedido de vista de Gilmar Mendes, que há mais de um ano e três meses não deu seu voto, nem devolveu a ação ao plenário – os ministros já haviam decidido a matéria por 6 votos a 1 contra o financiamento privado.
Fonte: Brasil 247
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