O período de ausência total de plantas vivas no campo, voluntárias ou cultivadas, está valendo em Goiás. É que desde 1º de julho vigora o vazio sanitário da soja, e o produtor deve cumprir a medida para não ser penalizado e ainda comprometer a sanidade e a produtividade da cultura na próxima safra. De acordo com a Instrução Normativa 03/2011 da Agrodefesa (Agência Goiana de Defesa Agropecuária), o vazio sanitário da soja só termina em 30 de setembro.
“O principal objetivo do vazio sanitário é o controle do fungo da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), mas o sojicultor tem outros dois inimigos pela frente: a mosca branca (Bemisia tabaci biótipo B) e a lagarta Helicoverpa armigera, que também têm provocado perdas nas lavouras”, alerta o gerente da Agrodefesa em Catalão, Lúcio Costa e Silva Cruz.
De acordo com ele, a importância da realização do vazio nesse período traz ganhos não só para esse setor, mas também para as culturas de grande importância econômica como algodão, tomate e milho, por exemplo.
São amplos os benefícios que o vazio sanitário pode oferecer, como menor custo de produção, aumento da produtividade, redução no uso de agrotóxico para controle da ferrugem, o que reduz a exposição do trabalhador rural a agentes químicos nocivos à saúde e menos produtos lançados ao meio ambiente.
Equipes de fiscalização da Agrodefesa vão percorrer todas as propriedades e em caso de desacordo com a determinação, o produtor poderá arcar com multa de R$ 250,00 por hectare, além de ter que destruir a plantação. Denúncias podem ser feitas pelo número 0800 646 1122.
Por: Gustavo Vieira/Foto: ilustrativa
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