Empresário acusa prefeito Jardel de armar esquema para prendê-lo
No dia 30 de junho o Grupo de Elite da Polícia Civil do Estado de Goiás (GT3), em operação coordenada pelo delegado Manuel Borges Oliveira, realizou mandados de busca e prisão temporária contra Renata Alves Marques e Wellington Buenos Alves, marido e mulher, e José Aguiar Mendonça; todos residentes em Catalão.
Por meio da Operação Camaleão a polícia concluiu, de acordo com o delegado, que o trio aplicava golpes em proprietários rurais comprando e não pagando por cabeças de gado, “o que resultou em prejuízos de aproximadamente R$ 2 milhões às vítimas daqui da região. Até o prefeito de Catalão (Jardel Sebba – PSDB) também foi lesado pela quadrilha”, disse Oliveira. Renata, Wellington e José Aguiar foram levados para Goiânia no mesmo dia e respondem os precessos em liberdade.
( Foto: ilustrativa)
Principal suspeito e acusado como chefe do suposto grupo criminoso, Wellington contou que o ocorrido não passou de armação contra ele e os seus, sendo o prefeito Jardel Sebba o mentor de tudo.
“Isso foi coisa do prefeito porque simplesmente eu disse a ele que iria pagar uma dívida pessoal, uma compra de gado, caso a prefeitura me pagasse o que me deve, aí ele até me ameaçou e deu no que deu.”
Segundo o entrevistado, ele havia comprado 17 bois do prefeito e apenas 4 foram pagos, “sendo que o restante eu iria pagar só quando ele me pagasse os R$ 200.000,00 que emprestei para ele durante sua campanha. E aí como o Jardel não aceita pegar os bois dele para pagar dívida, ele tem influência mesmo e deu no que deu”, acrescentou.
Wellington chegou até elogiar o trabalho da polícia, exceto o empenho do delegado que, ao seu ver, está de alguma forma mancomunado com Jardel e uma terceira pessoa. “Eu comprei R$ 1 milhão em gado de um grande pecuarista de Goiânia, Leonardo Spenciere, que se encontrou com o prefeito em Uberaba (MG) e lá armaram tudo. Eu realmente tenho uma situação na Justiça com Spenciere e o Jardel mesmo disse para mim, me ameaçou pelo WhatsApp, que mandaria esse delegado aqui para me prender. Os três se uniram, criaram um documento e mandaram para o juiz, e com aquilo na mão ele não viu outra coisa a não ser mandar me prender. Todos os policiais da GT3 estavam fazendo o que o juiz mandou, só o delegado Manoel Borges sabia de tudo, sabia o que estava acontecendo”, explicou.
Empresário há cerca de 15 anos em Catalão, Wellington contou que tem documentos que asseguram sua inocência e que vai processar Jardel e Spenciere pelo dano moral causado à sua família, resultado da invasão policial em sua residência, entre outras coisas. Ele afirmou ainda que vai acionar o Ministério Público e denunciar o caso.
Por: Gustavo Vieira
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