Os trabalhadores da Mitsubishi entram em greve nesta quarta-feira (01), a partir das 7 horas. O movimento grevista será liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) e por tempo indeterminado. O objetivo é impedir a onda de demissão e, inclusive, tentar a reintegração dos metalúrgicos desligados da montadora nos últimos dois dias. Até o momento, o Sindicato já foi informado de cerca de 180 demissões. Outros 29 aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), anunciado na semana passada.
Assim que os trabalhadores chegarem, uma assembleia será realizada. Em seguida, eles seguirão em caminhada até a Praça Getúlio Vargas, no Centro, passando pela BR 050, Avenida José Marcelino e Avenida 20 de Agosto. Apesar de o movimento de greve começar na quarta pela manhã, os dirigentes do SIMECAT passarão a noite em um acampamento montado em frente à empresa, no DIMIC.
Além da presença dos trabalhadores ativos e demitidos, os dias de paralisação vão contar com o apoio de sindicatos da cidade, de Anápolis, Goiânia, Curitiba (PR), São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Piracicaba (SP), Volta Redonda (RJ), entre outros companheiros de luta.
Negociação
O impasse nas negociações entre o SIMECAT e a montadora perdura há quase dois meses. Desde o início, a empresa alega ser necessário o fechamento de 400 postos de trabalho devido à queda nas vendas, reflexo da crise enfrentada pelo setor automotivo nacional.
O Sindicato já apresentou diversas alternativas no intuito de evitar a demissão em massa, como layoff; redução da jornada com redução de salários; férias coletivas de 30 dias; dayoff; antecipação do acordo coletivo, entre outras medidas. Porém, a montadora se mostra irredutível.
“A MMC quer mesmo é demitir. Nós já apresentamos diversas alternativas que funcionariam sim, mas ela não aceita nada”, esclarece o presidente do SIMECAT, Carlos Albino. “Não aceitamos demissões. Nossa greve vai começar e só vai se encerrar no dia que a empresa reaver essa atitude cruel e insensata para com centenas de pais de família”, ressalta Albino.
Na semana passada, além do PDV, a Mitsubishi anunciou férias coletivas entre os dias 6 e 10 de julho. Entretanto, quando há movimento grevista, os contratos de trabalho ficam suspensos. Isso significa que, caso a greve continue, as férias coletivas programadas serão suspensas. Lembrando que, os trabalhadores que optaram pelo PDV receberão as verbas rescisórias e mais R$ 1 mil de abono, conquistado pelo Sindicato.
Intervenção do MPT
Mesmo após o protocolamento do comunicado de greve, feito na segunda-feira, o SIMECAT entrou com um pedido de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT). O objetivo é que o órgão intervenha nas negociações, que até o momento foram sem sucesso. A reunião deve acontecer nesta quarta à tarde, com a presença de um Procurador do MPT, do Juiz do Trabalho de Catalão, do SIMECAT e da Mitsubishi.
Assessoria de Comunicação
STF condena mais 14 réus pelos atos antidemocráticos que recusaram acordo com o Ministério Público…
Nota: Bolsonaro deve explicações ao Brasil, além de pagar pelos seus crimes Punição para todos…
20 de novembro: Um chamado à luta por espaços de poder e representatividade É essencial…
Boletins de crimes raciais crescem 968,5% em SP, aponta relatório Ouvidoria das Polícias estadual…
Plano para assassinar Lula foi discutido na casa de Braga Netto, diz Cid PF…
Mercado de trabalho, a evidente discriminação e desigualdade racial É preciso desenvolvimento com valorização…