O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prepara nova série de reação ao PT em votações da casa. As vaias recebidas no congresso nacional da sigla teria sido a ‘gota d’agua’ de uma relação bastante instável.
Segundo a colunista Vera Magalhães, ele avisou a aliados que vai reforçar “cada vez mais” suas críticas ao PT, rumo a um rompimento entre as siglas, considerado “quase inevitável”.
“Irritada com ataques de petistas a Cunha e com articulações para minar Michel Temer, a bancada do PMDB prepara uma contraofensiva na Câmara e ameaça dificultar a aprovação do projeto que revê as desonerações”, afirma a jornalista.
Rumores do Planalto na semana passada indicavam que o ministro-chefe da Casa Civil defendeu que seja nomeado alguém para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), restringindo Temer apenas a “grande política”.
Caciques do PMDB pressionam para que a presidente Dilma Rousseff condene as investidas dos petistas contra o PMDB. Também querem o fim da proposta petista de recriar a CPMF.
Por trás da nova manobra contra o governo, estaria o projeto de Cunha de se lançar à Presidência em 2018.
“Este modelo PMDB com o PT está esgotado. Temos obrigação de dar sustentabilidade política para o governo dela (Dilma Rousseff). Mas o PMDB vai buscar o seu caminho em 2018. Não vejo o PMDB de novo numa candidatura do PT”, disse Cunha em entrevista aos jornalistas Daniel Carvalho e Erich Decat, do Estado de S. Paulo, deste final de semana (leia aqui).
Brasil 247
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