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Servidor de Catalão é acusado de ter sido fantasma da Assembleia Legislativa

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No mês de abril do ano anterior a prefeitura de Catalão afastou por 15 dias o servidor comissionado Giovani Franco Cunha Martins, gerente do Departamento de Controle de Vetores, apontado na Operação Poltergeist como funcionário fantasma da Assembleia Legislativa.

Naquele período, Giovani foi ouvido pelo Ministério Público Estadual (MP-GO) após cumprimento de mandado de condução coercitiva. O MP havia informado que ele era servidor comissionado da Assembleia Legislativa desde 2007.

O jornal O Popular, em uma reportagem de abril daquele ano sobre o assunto, mostrou uma conversa por meio de mensagem de texto que torna evidente que o chefe de Gabinete do deputado estadual Daniel Messac (PSDB), Robson Feitosa dos Reis – presos na operação –, teria recebido dinheiro de Giovani: “Depósito feito. Boa semana. Giovani”.

O órgão judiciário observou que a mensagem coincide com o mesmo período do registro de crédito na conta bancária de Robson, prova essa colhida por quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados. Naquele período, Giovani teria apresentado documentos em sua defesa alegando não ser funcionário da Casa de Leis do Estado.

O caso agora ganha outros rumos tendo o MP oferecido novas denúncias, dando vigor às investigações. Ao todo, 35 nomes, alguns ligados à Câmara dos Vereadores de Goiânia, são atribuídos ao esquema e Giovani mais uma vez é apontado nas apurações e contra ele foram oferecidas as seguintes acusações: formação de quadrilha, peculato (crime próprio de funcionário público contra a administração pública em geral) e lavagem de dinheiro.

Por telefone, Giovani conversou com a reportagem e negou que tivesse feito parte de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa, e que desconhece os motivos de ter sido mais uma vez citado nas investigações tendo no ano passado provado sua inocência. “Eu tenho toda a documentação aqui, fui funcionário da Assembleia por seis meses e isso em 2006. Não sei onde o O Popular arrumou isso”, defende.

Servidor comissionado de Catalão, Giovani acrescentou que tem tranquilidade com relação as acusações e reforçou estar aportado em provas. Sobre a troca de mensagem com Robson, assessor de Messac, o entrevistado contou não ter feito nada grave. “O que eu fiz pra ele foi o pagamento de um empréstimo pessoal, só isso.”

Sobre o caso o telejornal Fantástico, da Rede Globo, mostrou no último domingo (7) outro nome apontado como fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás, o do padre Luiz Augusto Ferreira. O pároco está sendo acusado de receber salário da instituição sem trabalhar e isso por cerca de 20 anos, o que causou um rombo nos cofres públicos de aproximadamente R$ 3 milhões de reais. Para a imprensa ele afirmou que recebia salário de R$ 11,8 mil mensalmente, e que usava o dinheiro em obras sociais. Mesmo assim, se condenado, o padre terá que devolver todo o dinheiro.

Por: Gustavo Vieira/Foto: reprodução

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