A 22ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Catalão realizada hoje, 09, contou com a participação maciça da população. O que motivou tanta gente a comparecer na Augusta Casa de Leis do município foi o Projeto de Lei nº 70/15, de autoria do Prefeito Municipal, o qual “autoriza o Poder Público a licitar e contratar a concessão integral dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Município de Catalão e dá outras providências” – assim subscreve o texto. Esse é o tão falado projeto que visa a terceirização da SAE (Superintendência de Água e Esgoto).
Iniciada perto das 14h, a reunião foi encerrada pelo presidente Juarez Rodovalho (DEM) cerca de meia hora depois. O motivo? Muito barulho por parte dos expectadores que gritavam, assoviavam, apitavam, xingavam, ameaçavam alguns vereadores caso o projeto fosse aprovado. Verdadeiramente uma baderna só, tornando vã a continuidade dos trabalhos.
No roteiro do encontro legislativo constava apenas cinco projetos, e nenhum deles acabou sendo se quer lido. Bom, se foi, ninguém notou porque era tanto barulho que muito pouco do que os vereadores falavam em seus microfones podia ser entendido. O fim precoce da sessão foi protestado pela bancada não governista que pediu ao presidente a continuidade dos trabalhos, mas não teve jeito e tudo foi findado.
O vereador Deusmar Barbosa (PMDB) reclamou que os edis não tiveram tempo de analisar a proposta do prefeito com relação a concessão dos serviços de água e esgotamento sanitário da cidade, como assim trata o PL, e que o mesmo não vai ao encontro dos interesses do povo. “Além disso não podemos deixar que o prefeito terceirize, que ele venda a SAE. Ela é patrimônio nosso, foi muito difícil consegui-la e aí vem esse prefeito que tem que pagar as contas da eleição comprada para o filho dele. Nós não vamos aceitar”, disse. O peemedebista se referiu a Gustavo Sebba (PSDB), deputado estadual, quando mencionou ” o filho dele”.
Já Paulo César (PMDB), do grupo governista, contou ter visto nada mais que ato político na reunião dos legisladores e que há muita incompreensão sobre o assunto. “É isso mesmo, é ato político. O mesmo que aconteceu com o PMAT e a SAE”, contou o vereador se referindo aos empréstimos conseguidos pela atual administração que juntos somam R$ 56 milhões. “Foi tudo normal”, acrescentou. “Eles têm que lembrar que o Adib [Elias – deputado estadual pelo PMDB] também fez isso, de privatizar coisas em Catalão, como o Catalão Shopping, a faculdade que hoje é particular, a rodoviária do São João. Vejo também que o povo não está entendendo nada, o projeto foi só deliberado na Câmara e ainda vai passar por muito estudo, por audiências públicas e mais coisas. Não vai ser votado assim de qualquer jeito, não”, concluiu Paulo César.
Depois de todos os procedimentos necessários para a votação do projeto, se isso realmente acontecer, ele deverá ser apreciado em duas instâncias e depois encaminhado para o Executivo para ser sancionado pelo prefeito. A oposição disse que irá convidar a população para a Câmara sempre que for necessário, para impedir sua aprovação.
Por: Gustavo Vieira
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