Aconteceu na tarde desta quinta-feira, 28, a 20ª sessão ordinária do ano, a quinta e última do mês de maio, na Câmara Municipal. Muito diferente do encontro anterior, onde a desordem imperou e o instinto primitivo se aflorou através de bate boca, ofensas e outras coisas mais entre os representantes do povo, esta foi bem mais tranquila e com um pouquinho de destempero, mas nada que prejudicasse o bom andamento da reunião que teve apenas requerimentos e nenhum projeto.
Não diferente de três ou quatro assembleias anteriores, talvez cinco, a oposição foi a culpada por tumultuar os trabalhos do Legislativo segundo Juarez Rodovalho, presidente da Câmara. Consultado pela reportagem, Jurandir Antônio (PMDB), ex-líder da oposição, disse que a presidência é que não tem dado o direito dos edis se pronunciarem no plenário por simples arbitrariedade e falta compreensão, e que seria esse o alvo das diferenças. Juarez contou não concordar com isso: “Não é verdade, eu estou seguindo o regimento interno e dou espaço para falarem dentro do que todos merecem e nada mais que isso. Aí vem vereador pedir para falar só para causar desordem e eu não vou permitir isso, eles estão sendo avisados”. Esse desentendimento fez com que a oposição abandonasse duas sessões.
Para não bastar os encontros seguintes devem prometer ainda mais. É que tanto os representantes governistas e os oposicionistas criaram Comissões Especiais de Inquérito (CEI), três de cada lado, para investigar supostos atos de corrupção. Haja CEIs para tanta coisa.
A situação quer investigar aparentes irregulares nas aplicações dos fundos de pensão do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores de Catalão (Ipasc); prováveis atos de corrupção na gestão dos ex-presidente da Câmara, Deusmar Barbosa (PMDB), além da chamada Operação Ouro Negro – umbrático desvio de R$ 10 milhões de reais dos cofres da prefeitura quando Adib Elias (PMDB), agora deputado estadual, era prefeito de Catalão.
Já os oposicionistas vão apurar a utilização de recursos públicos aplicados na saúde, precisamente no Sistema Único de Saúde (SUS), na construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e quatro Unidades Básicas de Saúde (USB); a aparente inconsistência na coleta do lixo e a implementação de alguns benefícios como o sistema MacLix e Ecopontos, possíveis pagamentos muito acima do praticado no mercado, além da falta de transparência na compensação de medições e dos serviços referente ao lixo; e por último, a dispensa indevida de licitação no início do governo Sebba para a contratação de massa asfáltica e sua aplicação.
“Por isso e muito mais as sessões devem ser uma pior do que a outra daqui pra frente”, observou Juarez. Mesmo que abertas todas as CEIs ainda não têm membros (presidente, vogal e relator) indicados para compô-las, o que deve acontecer muito em breve.
Em protesto por não usar do direito da fala, assim reclamou o vereador Daniel do Floresta (PMDB), o legislador utilizou cartazes e algo parecido com um boneco feito de papelão para chamar a atenção do presidente e do público. Juarez disse entender ser aquilo nada mais que palhaçada vindo de um palhaço. Daniel assistiu a sessão junto com os espectadores.
Por: Gustavo Vieira/Imagem: ilustrativa/Foto: Facebook
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