Já se realiza, num hotel em Zurique, na Suíça, a eleição presidencial da Federação Internacional de Futebol, a Fifa. Sob pressão máxima, o suíço Sepp Blatter tenta um quinto mandato à frente da entidade e tem como opositor o príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein.
O evento ocorre sob tensão máxima, depois que o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, prendeu diversos dirigentes do futebol mundial, incluindo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, sob acusação de recebimento de propinas e lavagem de dinheiro.
Depois desse escândalo, diversos países europeus, que fazem parte da Uefa, presidida pelo ex-jogador Michel Platini, anunciaram apoio ao príncipe jordaniano. No entanto, autoridades russas, lideradas pelo presidente Vladimir Putin, denunciaram uma conspiração para remover Blatter e também mudar as sedes das Copas de 2018 e 2022, que serão na Rússia e no Catar – na disputa, os russos superaram os inglesses e país árabe suplantou a candidatura dos Estados Unidos.
Segundo Putin, com a prisão dos dirigentes, os Estados Unidos extrapolaram sua jurisdição e estariam usando o caso como pretexto para tomar o comando da entidade, colocando, no poder, uma marionete, que seria o príncipe jordaniano. Putin argumenta, ainda, que ingleses iniciaram uma campanha contra Blatter logo depois que a Inglaterra foi derrotada para a Rússia na disputa pela Copa de 2018 – não por acaso, o premiê inglês, David Cameron, tem sido um dos mais incisivos críticos de Sepp Blatter na Fifa.
Em Washington, o senador republicano John McCain, que chegou a concorrer contra Barack Obama pela Casa Branca, explicitou sua posição. Defendeu não apenas a derrota de Sepp Blatter, como também a anulação da Copa na Rússia, em razão do conflito na Ucrânia. Segundo Putin, anular a Copa de 2018, será “impossível”.
Em seu discurso, Blatter disse que se Inglaterra e Estados Unidos tivessem sido escolhidos para as duas próximas copas, nada disso estaria acontecendo.
Brasil e Palestina
Em meio à eleição na Fifa, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo del Nero, decidiu retornar ao Brasil, para estar ao lado da diretoria da entidade, no momento em que se discute, no Senado Federal, a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o futebol.
Do lado de fora do hotel em Zurique, ativistas também pedem o banimento de Israel do futebol internacional, pelos crimes de guerra e contra a humanidade cometidos contra o povo palestino.
Brasil 247
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