Milhares de motoristas que andam irregulares hoje em dia têm um grande aliado para ajudá-los a fugir das blitz espalhadas pela cidade. Por estarem com as Carteiras Nacional de Habilitação (CNH) vencidas, documento do carro em débito, ou sob o efeito de álcool, motoristas encontram em aplicativos para aparelhos móveis como o WhatsApp e Wase (para programa de GPS gratuito) e ainda sites como Twitter e Facebook, saídas para não caírem em uma barreira feita por policiais.
Um usuário de pelo menos dois desses sistemas de comunicação social, que preferiu não ser identificado, relatou que sempre recebe em seus grupos no WhatsApp, especialmente, informações sobre os pontos de blitz em Catalão. Ele confessou que costuma compartilhar para “avisar os amigos”. “Eu não vejo problema nisso, não. Tem gente que não tem condições de pagar os altos impostos e ter o veículo apreendido numa blitz é ainda mais prejuízo”, contou.
As leis do Brasil não observam essa prática como crime, mas os especialistas criminalistas analisam essa situação em cima do artigo 265 do Código Penal. Enquanto alguns sustentam ser essa ação um ato criminoso, argumentando que isso é atentado contra a segurança ou o funcionamento de qualquer outro serviço de segurança pública, outros desconsideram essa afirmação alegando que o mesmo artigo tutela o serviço de utilidade pública, mas não fala do serviço de segurança pública da atividade policial.
Uma prática muito comum até mesmo muitíssimo antes do computador e o telefone celular serem criados, é o aviso de barreiras policiais pelo piscar dos faróis dos veículos. Nesse caso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) só permite sinal de luz em ultrapassagens ou para aviso de acidentes, e os motoristas flagrados advertindo os demais sobre operações policiais no trânsito recebem quatro pontos na carteira de habilitação e pagam multa de R$ 85, como sustenta a lei 9.503/97, artigo 251, inciso II.
Capitão Carvalho, do 18º Batalhão de Polícia Militar de Catalão, contou saber que o uso dos aplicativos de celulares e sites de relacionamento para esse fim é muito comum. “Sabemos que enquanto as blitz são aplicadas as pessoas avisam os outros principalmente pelo WhatsApp. O que fazemos é realizar essas operações o mais rápido possível é nos mais diversos lugares para evitar que esse trabalho seja prejudicado. Deixo claro que se ele existe, é para coibir alguma coisa e o cidadão quando avisa onde o trabalho policial está sendo realizado, ele pode estar informando um bandido também”, explicou.
Carvalho contou que a mesma ação tem ajudado a polícia no combate ao crime, tendo a comunidade rural, por exemplo, adotado os meios de comunicação social para alertar os agentes de algo que represente risco em suas localidades. “Vai de cada um esse cuidado. Esses aplicativos e sites de bate-papo podem ajudar como também não”, concluiu.
Por: Gustavo Vieira
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