Mais uma sessão quente – muito quente – da Câmara Municipal dos Vereadores de Catalão é destaque no cenário político da cidade. Sem exageros, teve vereador usando palavras de calão na tribuna, atacando verbalmente seus colegas; abandono de sessão, o que por consequência trava a votação dos projetos da Casa, além de ameaças, gritarias e outros temperos insalubres.
O ponto alto dessa que foi a 17ª reunião legislativa do ano, foi os edis da oposição pedirem ao presidente, Juarez Rodovalho (DEM), a inversão da pauta que continha apenas quatro projetos. Como o rogo não foi aceito e tendo presidente iniciado a votação do primeiro texto, o alvo dos desentendimentos, os opositores ao governo local simplesmente abandonaram o encontro e não mais retornaram.
Essa solicitação, segundo o líder da oposição, Jurandir Antônio (PMDB), seria para melhor discutir o Projeto de Lei nº 57/15, de autoria do Prefeito Municipal, o qual abre crédito especial no orçamento em execução no ano/2015, no valor de R$ 1.380.829,44 para a construção e ampliação de quadras poliesportivas e construção de Estação de Tratamento de Raízes no município. “Queríamos dizer não para mais esse projeto em que o prefeito destina outro milhão, sem contar o empréstimo para a SAE e do PMAT, para sabe-se lá aonde. Queríamos conhecer melhor esse projeto que chegou aqui muito em cima da hora, e quando eu pedi ao presidente para falar sobre isso, de maneira arbitrária, esse direito me foi negado por ele.”
Consultado, Juarez se defendeu e contou que havia dado sim espaço para que todos os colegas pudessem se pronunciar, mas antes do início da apreciação dos projetos. Ele pontuou não aprovar a atitude de muitos legisladores. “Eu deixei todo mundo falar antes e não vi necessidade de mais, então achei melhor continuar a sessão. Eles (oposição) querem é tumultuar tudo aqui, tanto que gritaram, fizeram o que bem queriam e deixaram o plenário sem mais sem menos”, explicou. “Estou ficando desanimado com isso aqui”, acrescentou o presidente.
Outra questão que muito chamou atenção foi o vereador Deusmar Barbosa (PMDB), ex-presidente da Câmara, lançar palavras duramente ofensivas ao também vereador Célio Almeida (PSDB). “Você é um pau-mandado, um puxa saco, você faz o que esse prefeito aí quer… Aqui seu Célio, o senhor não conhece nada… Eu nunca vi igual aconteceu em Catalão, o senhor pegava dinheiro do Bretas (supermercado) para não multar ele (possivelmente o prefeito)… O senhor tem que ter voto primeiro para mexer comigo, aqui o senhor é suplente.” Antes de ocupar uma cadeira na Câmara de Catalão com a saída licenciada do vereador João Antônio (PSDB), Célio era diretor do PROCON municipal.
Deusmar teria se exaltado porque Célio apresentara requerimento de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI), para apurar o governo de Deusmar durante os oito anos em que foi presidente da Casa. Sobre a atuação do peemedebista, Célio explicou que pediu a abertura do processo de investigação para apenas analisar as gestões de Deusmar. “Vendo que ainda recebemos diversas denúncias anônimas, como também o Ministério Público, achamos por bem fazer isso. Isso foi só um requerimento e quando fala dele ele vem com essa reação, então a gente pode entender que ele deve. Se deve eu não sei, mas a CEI vai servir para isso, para ver se ele deve ou não”, contou.
O requerimento formalizado em documento continha assinaturas falsas, e não foi aprovado.
Por: Gustavo Vieira
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