Faz muito tempo que o município de Catalão perdeu características de cidade pacata e ordeira. Localizada em ponto estratégico para o tráfico, de acordo com a Polícia Militar, a cidade tem a BR-050 e a GO-330 como rotas para os principais centros administrativos do país.
Talvez seja isso que explique o crescimento no número de assassinatos e tentativas de assassinatos neste ano. Em 2014 foram registrados 16 mortes e 26 atentados contra a vida, contra 7 e 8 respectivamente neste ano.
Apenas no mês de março cinco pessoas perderam suas vidas e de maneira brutal. O primeiro caso foi do pedreiro Elias Antônio de Oliveira Júnior, de 37 anos, encontrado morto no porta-malas de seu carro no bairro Ipanema. Três semanas depois a polícia prendeu três suspeitos que confessaram tê-lo matado por dinheiro.
No dia 11 foi a vez de Keyla Luiz da Silva (37), vulgo Kulula. A mulher, que tinha passagens pela polícia, foi morta no Residencial Laranjeiras (Rua 14) e encontrada por volta das 06h:30 por populares. A Polícia Civil contou que Kulula foi espancada e morta com cinco tiros na cabeça, além dos peritos terem observado sinais de atropelamento em seu corpo. Ninguém preso até agora.
Três dias depois (14/3) Geovane Martins, de 18 anos de idade, foi assassinado com cinco tiros à queima-roupa em uma lanchonete na Vila União. O rapaz também era conhecido pela polícia e os autores do crime, que utilizaram uma motocicleta para ir ao seu encontro, estão foragidos. Não foi descoberto o que motivou essa barbárie.
O mais chocante dos atentados talvez tenha sido cometido contra o missionário católico, João Ferreira, mais conhecido como Irmão João (62). O idoso foi morto em sua residência no dia 26, após C. H. S. J, de 19 anos, já dentro do imóvel, ter decido roubá-lo. Irmão João tentou impedir a ação do rapaz gritando por socorro, e recebeu diversas facadas vindo a falecer no local. Já o indivíduo foi preso quando tentava fugir da casa e deve responder pelo crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
O homicídio mais recente foi registrado no dia 30. A vítima foi Paulo Jesus de Oliveira, de 20 anos de idade, morto com quatro tiros na Rua Abdon Leite, próximo ao Colégio Estadual João Netto Campos (bairro Mãe de Deus). Segundo a Polícia Civil, o que motivou o crime foi um acerto de contas entre o suspeito e a vítima. O autor dos disparos está foragido e o ocorrido segue sob investigação policial.
Alguns dados também foram repassados pela 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil, que informou ainda ter acontecido mais duas mortes na cidade, uma em janeiro e a outra em fevereiro deste ano. Com isso, foram registradas em Catalão 7 mortes em apenas três meses.
Por: Gustavo Vieira
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