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“É com a democracia que se vencerá o ódio e o golpismo”, afirma Dilma

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Durante discurso na solenidade de sanção do novo Código de Processo Civil, nesta segunda-feira (16), a presidenta Dilma Rousseff reafirmou o seu compromisso com o diálogo. Disse que ouviu o recado das ruas com humildade e destacou: “É com a democracia que se vencerá o ódio. É com a democracia que se combaterá corruptores e corrompidos”.

Agência Brasil

Dilma fez um discurso dirigido à Nação reafirmando seu compromisso com a democracia, os trabalhadores e pelo desenvolvimento do Brasil

“Um país amparado na separação, independência e harmonia dos poderes, na democracia representativa, na livre manifestação popular das ruas e das urnas, se torna cada vez mais impermeável ao preconceito, à intolerância, à violência e ao golpismo”, salientou a presidenta enfatizando que a “credibilidade das instituições e a preservação das regras da democracia são os melhores antídotos contra a intolerância, a corrupção e a violência”.

Num discurso firme e dirigido à Nação, Dilma reafirmou que o seu “compromisso é governar para os 203 milhões de brasileiros, sejam os que me elegeram, sejam os que não votaram em mim. Sejam os que participaram das manifestações, sejam os que não participaram”.

Reforma política é urgente

Sobre o combate à corrupção, tema presente nas manifestações de sexta (13) e domingo (15), Dilma afirmou que, como prometido nas eleições, vai enviar ainda esta semana um conjunto de medidas de combate à impunidade, mas enfatizou que é crucial promover uma reforma política.

“Reitero a minha convicção de que a conjuntura atual aponta para a necessidade urgente da realização de uma ampla reforma política. Sei que o protagonista dessa reforma é toda a população brasileira. Também sei que o espaço destinado para ela é o Congresso Nacional. Nesse aspecto acredito que um amplo debate entre todos os órgãos é crucial”, pontuou a presidenta.

Dilma lembrou que no domingo (15) o Brasil celebrou 30 anos da redemocratização, tendo como uma das conquistas justamente o direito à livre manifestação. “Tivemos neste dia e na sexta-feira uma inequívoca demonstração de que o Brasil de agora é um país democrático e convive pacificamente com manifestações”, lembrou a presidenta.

Respeitar as urnas

Mas advertiu: “Na democracia nós respeitamos as urnas, que traduzem a vontade de toda a nossa Nação. Na democracia nós respeitamos as ruas, um dos legítimos espaços de manifestação popular, pacífica e sem violência. Respeitamos e ouvimos todas as vozes de todos os partidos e de todas as tendências. Por isso, o governo sempre irá dialogar com as manifestações das ruas. Ouvir é a palavra, dialogar é a ação”.

Dilma aproveitou para fazer uma homenagem a todos que – como ela – lutaram para assegurar o direito de livre manifestação. “Eu, particularmente, tive a honra de ter participado do processo de resistência à ditadura. E como muitos outros brasileiros, sofremos às consequências para ver esse país livre da censura, da opressão e da interdição da liberdade de expressão. Ontem, quando vi centenas de milhares de cidadãos se manifestando pelas ruas de várias cidades brasileiras, e na sexta-feira, não pude deixar de pensar: valeu a pena lutar pela liberdade, valeu a pena lutar pela democracia! Este país está mais forte do que nunca”, disse Dilma. E completou: “Nunca mais no Brasil vamos ver pessoas, ao manifestarem sua opinião, inclusive contra a Presidência da República, possam sofrer consequências, nunca mais isso vai acontecer”.

Medidas econômicas

A presidenta também destacou que o governo adotou medidas, desde 2009, para evitar “os efeitos mais graves e perversos da crise que é o desemprego e a redução de direitos e da renda”.

“Esse processo nos países da Europa levou a um desemprego de 60 milhões de pessoas e a uma ampla queda das oportunidades. Nós combatemos essa crise para evitar que atingisse os empresários, a classe média e os trabalhadores. Fizemos isso com recursos de orçamento da União. Agora esse caminho, nos níveis em que foi praticando, se esgotou”, argumentou a presidenta, reafirmando que o governo busca outras alternativas “para garantir o emprego e o crescimento econômico”.

“Meu governo tem responsabilidade com a estabilidade da economia, pois temos a certeza que é a estabilidade que garante emprego e o crescimento no pais. Mas essa responsabilidade tem de ser de todos nós. Por isso, temos que repudiar sempre aqueles que acreditam no quanto pior melhor, tanto na política como na economia”, rebateu Dilma.

Portal Vermelho

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