Estes setores representam aqueles do “quanto pior melhor”, alertou Cardozo. Ele ressaltou que “o Brasil vive um momento de firme democracia, o qual nos chama a nova postura. Faz parte do governo o respeito as divergências, foi por isso que lutamos. Defendemos o diálogo e as divergências. Ao lado do povo encontraremos o melhor caminho para o país”.
“Dentro da ordem e sem violência as manifestações sempre serão positivas”, afirmou Cardozo. Para o ministro o “Brasil assistiu hoje [domingo (15)] manifestações que foram realizadas dentro da ordem democrática, dentro dos padrões de legalidade”.
Mesmo reconhecendo a calma das manifestações, Rossetto ponderou que “o que assistimos nas ruas hoje foram eleitores que não votaram na presidenta Dilma Rousseff. As palavras de defesa de intervenção militar e fora STF [Supremo Tribunal Federal] não devem ser aceitas. O golpismo deve não pode ser aceitado e nem o ataque ao mandato da presidenta Dilma, que foi eleita por cerca de 55 milhões de brasileiros”, disse Rossetto.
Reforma política
Mesmo existindo palavras de ordem pregando o golpe, também foram ouvidos pedidos de reforma política e de combate efetivo à corrupção.
Cardozo destacou que as manifestações reforçaram a necessidade da realização urgente de reforma política.
“A tônica de todas as manifestaçõesé o combate à corrupção. O nosso governo tem uma clara postura de combate à corrupção nunca antes vista neste país. Seja pela implementação de mecanismos efetivos, seja pela reforço da autonomia e respeito às instituições. Nossa reposta às ruas será o anúncio das medidas de combate à corrupção apontadas durante a campanha da presidenta”, avisa Cardozo.
“A atual conjuntura aponta para uma necessária mudança do sistema político-eleitoral. Rompendo com o anacronismo, a saída não é outra senão a realização de uma ampla e democrática reforma política”, completa Rossetto.
Pacote de medidas
Ao falarem sobre a grande manifestação dos trabalhadores da última sexta-feiora (13), os ministros foram unânimes. “Vamos ampliar ao dialogo sobre as medidas reivindicadas”.
Cardozo destacou que “a partir do diálogo com os amplos setores será possível construir um caminho que dê conta das necessidades do país sem perder de vista os ganhos até aqui conquistados, como empreGo e programas sociais”.
15 de março
Questionados sobre as manifestações deste domingo (15), os ministros voltaram a ressaltar que a polarização testemunhada nas últimas eleições alimenta movimentos que não possuem outro objetivo senão desgastar o governo.
“Hoje não foram eleitores da presidenta Dilma que estavam nas ruas. O que há de positivo é que as manifestações foram pacíficas e sem violência, o que é algo natural do processo democrático. Cobraram combate à corrupção. É hora de emplacarmos a reforma política e cobrar celeridade do STF no caso do financiamento empresarial de campanha”, diz Rossetto
Perguntados como o governo vê os protestos e as críticas, ambos responderam que “democracia exige tolerância. Somos contra a qualquer discurso de ódio”.
Sobre o pedido do retorno do regime militar e o recrudescimento de setores conservadores que dizem que o governo está fragilizado, Cardozo foi enfático: “Não considero que o governo esteja fragilizado. Conviver com manifestações é conviver com o próprio amadurecimento democrático. É lamentável o fortalecimento de posturas conservadoras, mas isso, infelizmente, acontece no mundo todo. Não aceitamos esse tipo de postura”.
Rossetto completa: “É evidente que a sociedade que quer ver o Brasil avançar rejeita toda e qualquer ação antidemocrática. Completamos 30 anos de democracia, a presidenta Dilma entregou sua vida por essa democracia, todos nós temos o dever de preservarmos e acalentarmos essa jovem democracia brasileira. Não admitiremos ações golpistas”.
Portal Vermelho
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