A questão será amplamente debatida no próximo dia 20 de março com a realização do “Tribunal Popular da Água”. Este será um grande júri que avaliará o papel dos governos no modelo de gestão da água, a influência do poder econômico no setor, a omissão com obras e medidas de garantia do abastecimento humano, como ocorre no Estado de São Paulo, governado por Geraldo Alckmin, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
A iniciativa está sendo desenvolvida pelo Coletivo de Luta pela Água, criado no último dia 20 de janeiro por 10 entidades que buscam evitar a penalização exclusiva da população pobre das grandes cidades com o racionamento desse recurso. Um dos pontos defendidos pelo grupo é a decretação imediata do estado de calamidade para que seja priorizado o atendimento humanitário, principalmente aos mais atingidos e vulneráveis pela crise hídrica.
“O que precisamos fazer é o pedido de interrupção, na Sabesp [Companhia de Água e Esgoto de São Paulo], de todas as medidas que não priorizem o abastecimento para a população. A questão dos contratos que a Sabesp tem com empresas, como shopping centers, por exemplo. Se não for para abastecer a população, pediremos a suspensão desses instrumentos”, declara Adi Lima, presidente da CUT [Central Única dos/as Trabalhadores/as].
Cobertura colaborativa
Multiplicar e diversificar os olhares sobre a falta de água para além dos meios de comunicação tradicionais. Este é o objetivo que reuniu coletivos independentes de jornalismo, fotógrafos, videomakers e outros comunicadores no projeto “A Conta Da Água”. Trata-se de um processo colaborativo de apuração e divulgação de informações e notícias sobre a crise.
O trabalho também visa a favorecer a democratização do acesso à riqueza hídrica. Entre os grupos participantes estão a Mídia Ninja, o jornal Brasil de Fato, a Revista Fórum e o Centro de Estudos Barão de Itararé.
Acompanhe no site: https://medium.com/a-conta-da-agua/.
Adital com informações de Brasil de Fato.
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