Quando comparamos esse mesmo índice com a taxa de 2003 – que era de 12,5% – é possível dimensionar o tamanho da evolução garantida ao longo de 12 anos dos governos de Lula e Dilma, com apoio das forças progressistas.
O percentual médio de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado em relação à população ocupada passou de 50,3% (11,6 milhões) em 2013, para 50,8% (11,7 milhões) em 2014. Em 2003 essa proporção era de 39,7% (7,3 milhões). Em 12 anos esse contingente cresceu 59,6% (ou mais 4,4 milhões).
Em dezembro de 2014, havia 11,807 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, apresentando estabilidade no mês e no ano.
A ação estratégica desses governos, tendo como eixo o desenvolvimento social, promoveu resultados extraordinários. O profundo processo de inclusão social, valorização da renda, com o aumento real do salário mínimo (74%) e a geração de mais 20 milhões de empregos promoveram a ascensão em todas as camadas da sociedade, mas principalmente daqueles que ganhavam menos.
Segundo o IBGE, todos os grupamentos de atividade econômica apresentaram ganhos no poder de compra do rendimento do trabalho. Mas os grupamentos com os maiores aumentos percentuais foram aqueles com os menores rendimentos.
A aprovação da Lei das Domésticas, por exemplo, teve impacto direto na renda desses profissionais, sendo o grupamento com maior aumento registrado de 2003 a 2014, com 69,9%. Ainda em relação a 2003, outro destaque foi a construção, composto em sua maioria por pedreiros, com ganho de 58,7%.
Em 2014, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$1.425,63) aumentou 2,4% em relação a 2013 e 49,6% comparado a 2003. Esse processo de ascensão social contribuiu para o fortalecimento do mercado interno, estimulou investimentos e gerou mais empregos.
A frase do então presidente Lula, em 2008, de que a crise financeira internacional para o Brasil seria uma marola, já havia se revelado fato naquele período e, agora, os números reforçam a afirmação. A despeito dos pessimistas de plantão, o país manteve o emprego e a renda e, enquanto boa parte do mundo desempregava e reduzia salários e direitos – o que continua a acontecer -, o Brasil registrou a menor taxa de desemprego da sua história.
Estados
Especificamente no ano de 2014, os números também confirmam o que dizia a presidenta Dilma durante toda a campanha eleitoral, a contragostos dos pessimistas e gurus econômicos do sistema financeiro. O país estava enfrentando a crise com emprego e aumento da renda. As cidades com maior redução do desemprego em 2014 foram as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, com 23,4%; São Paulo, com 16,5% e Belo Horizonte, com 12,5%.
O salário médio das pessoas ocupadas também cresceu em 2014, chegando a R$ 2.104, 16. Um aumento de 2,7% em comparação com 2013. Quando comparado com o rendimento médio recebido em 2003, depois de 8 anos de recessão e arrocho do governo FHC, o crescimento chega a 33,1%.
Desafios a vencer
A pesquisa também fez um recorte por gênero e raça, apontando os desafios que ainda temos que vencer. O nível da ocupação da população economicamente ativa alcançou 53,3%, um aumento de 3,2%, comparada a 2003. Entre as mulheres, o nível de ocupação é de 45,4%, ainda inferior aos dos homens, que é de 62,6%.
No entanto, em relação a 2003, o crescimento entre as mulheres foi superior ao dos homens. Já entre os jovens entre 18 e 24 anos aumentou o nível da ocupação, subindo de 53,8% para 57,2% e da população de cor preta ou parda de 48,5% para 53,0%.•.
O desequilíbrio entre os salários pagos a homens e a mulheres diminuiu, mas elas seguem ganham menos. No ano passado, a média salarial das mulheres correspondia a 74,2% do pago aos homens. A proporção era de 73,6% em 2013 e de 70,8% em 2003.
Desigualdade racial
O rendimento médio da população negra no Brasil cresceu 56,3% nos últimos 12 anos, em comparação com a branca, que cresceu 30,4% no período. Mas as distorções também aparecem quando comparados os rendimentos médios entre brancos e negros (pretos e pardos). Em 2014, trabalhadores de cor preta ou parda ganham, em média, 58% do que era pago aos de cor branca, segundo o IBGE. Em 2013, essa diferença era de 57,4%.
Escolaridade aumentou
A faixa da população com 11 anos ou mais de estudo cresceu de 48,5% para 49,9%, nos últimos dois anos. Em 2003, essa fatia era de 34,3%. No mesmo sentido, o número de trabalhadores com esse nível de escolaridade subiu de 46,7% em 2003 para 65,4 % em 2014. A média de empregados que concluíram o ensino superior passou de 13,8%, em 2003, para 21,3% no ano passado.
Portal Vermelho
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