Quase quatro anos após o início do conflito, a chamada oposição perde terrno com o desaparecimento de numerosos grupos, por razões que vão desde a derrota militar a sua adesão às organizações de maior porte.
As deserções em massa, baixa moral e dificuldades financeiras de alguns de seus apoiadores estrangeiros são outros problemas.
Em relação aos grupos extremistas que atuam na região, todos têm o mesmo objetivo: implementar a Sharia (lei islâmica) e impor sua visão ultra-ortodoxa do Islã, para a qual vale recorrer a qualquer método, de decapitação ou crucificação de seus inimigos à tortura e assassinato em massa.
As diferenças residem na forma (a Nusra trabalha mais com outros grupos, como parte de sua política de captação) e sobretudo na negativa de submeter-se ao EI, que oferece apenas duas opções para seus opositores: submissão total ou morte.
Os confrontos diretos entre os dois grupos começaram em dezembro de 2013 e, desde então, continuaram,apesar de períodos de trégua. Se intensificaram no ano passado, após a proclamação de um Califado nas zonas que o EI controla na Síria e no Iraque, como uma medida para atrair jihadistas estrangeiros.
Neste período, o clérigo Sami al Aridi, considerado o líder espiritual da Al Nusra, divulgou um áudio em redes sociais, condenando a luta contra o EI e acusando seus membros de serem mercenários estrangeiros.
Al Nusra tem forte presença nas províncias de Quneitra, Daraa, no norte de Idleb e Aleppo. Enquanto as forças do Estado Islâmico (Daesh, por sua sigla em árabe) estão nas províncias orientais de Raqqa, Deir Ezzor e parte de Hasakeh, além de grandes regiões no Iraque.
Aos poucos, a chamada oposição armada está perdendo campo e dois claros vencedores emergem: a Frente Nusra e o Estado Islâmico, aliados ideológicos, mas que se enfrentam para alcançar o poder e estabelecer um Califado.
Fonte: Prensa Latina
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