No dia 14 de janeiro a Secretaria Municipal da Educação anunciou mudanças para ano letivo de 2015. A notícia foi dada durante encontro que contou com a participação dos docentes e representantes políticos locais.
Na oportunidade foram apresentados os trabalhos desenvolvidos no último biênio, e as propostas da pasta para o próximo o secretário municipal da Educação, Arcilon de Souza Filho, cuidou de divulgar.
Dentre os vários temas abordados, Souza falou do novo sistema de modulação do ensino que irá “otimizar” – ocasionar circunstâncias mais proveitosas para; retirar o que há de melhor em; aprimorar, melhorar – a carga horária dos professores com corte gastos no setor. “Terminamos o ano passado com 45 contratos na Secretaria. Nós estamos ampliando turmas agora, abrindo uma escola de tempo integral e o nosso déficit é menos da metade dessa quantidade de contratos”, exemplificou.
Em seu discurso, ele pediu a compreensão dos professores e recomendou ainda que eles sejam “austeros” – que não apresenta flexibilidade; que não faz concessões: professor austero – no cumprimento de suas atividades.
O presidente da Associação dos Docentes da Rede Municipal de Ensino de Catalão (Adrmec), Luciano Duarte, não concordou com o posicionamento do secretário e as novidades apresentadas para a categoria. Segundo ele, o novo sistema de modulação é pouco transparente, feito de maneira apressada e forçada à aceitação do professor. “A Secretaria resolveu com isso revogar uma portaria que ela tinha colocado em 2013, que foi a criação do contraturno na rede municipal de ensino. Ele era um processo de dedicação exclusiva, permitindo que o professor pudesse trabalhar no seu turno em um período, e em outro voltava para o reforço e para outras turmas. Sem isso, 83 professores foram atingidos tendo perdas salariais de até mil reais com a redução da carga horária”.
Duarte garantiu que a medida irá influenciar negativamente na qualidade do ensino. “Nós não fomos consultados e a Secretaria, que havia dado o contraturno, resolveu com isso tirá-lo da gente”, ressaltou. “Para você ter ideia, já vivemos com escassez de recursos e temos que recorrermos a rifas e a bazares para comprar coisas básicas do dia a dia da escola. Muitas unidades de ensino estão em reformas que nunca terminam, o que compromete diretamente o ano letivo dos estudantes”, observou.
Souza foi procurado pela reportagem para responder as colocações de Duarte, mas não foi possível contatá-lo. No uso da democracia o Blog deixa em aberto o espaço para que o secretário se posicione, assim que ele ou sua assessoria solicitar.
Por: Gustavo Vieira
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