O Ministério Público de Goiás propôs medidas judiciais contra os policiais militares Márcio Geraldo da Silva e Abelário Gonçalves Oliveira Júnior em razão da agressão ao motorista do MP-GO Eduardo Barbosa Vilas Boas Neves. O fato ocorreu no dia 18 de setembro, por volta das 22 horas, no estacionamento do Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
A denúncia pela prática de crime de lesão corporal foi oferecida perante a Vara Militar do Estado de Goiás e as providências penais decorrentes da prática de crime de abuso de autoridade foram adotadas perante o 1º Juizado Especial Criminal da capital. Assinam as medidas os promotores do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial (GCEAP), Mário Henrique Cardoso Caixeta, Giuliano da Silva Lima e Paulo Eduardo Penna Prado, e a promotora Adrianni F. F. S. Almeida, da Auditoria Militar.
Conforme detalhado no procedimento de investigação criminal, o motorista do Ministério Público transportou promotores de Justiça até o estádio, local onde funciona o Juizado do Torcedor, já que naquela noite ocorria uma partida de futebol entre Goiás e Atlético Mineiro e os promotores atuariam no Juizado.
Eduardo, que dirigia um veículo tipo van, devidamente caracterizado com o logotipo do MP-GO, estava estacionado em vaga própria, previamente designada pelo Comando de Policiamento de Eventos da PM-GO, e permaneceu em seu interior até o encerramento da partida de futebol.
Encerrado o jogo, o ônibus que transportava a delegação do time do Atlético Mineiro iria deixar o estádio, mas o espaço para o tráfego deste veículo era estreito, entretanto, suficiente para a passagem. Nesse momento, o sargento Márcio da Silva determinou, rispidamente, que Eduardo tirasse a van do local.
No entanto, o motorista argumentou que a van estava corretamente estacionada e que o ônibus da delegação mineira é que deveria deixar o local. Ele acrescentou ainda que não poderia tirar o veículo, pois estava aguardando os promotores de Justiça, que logo chegariam.
Assim, de acordo com a denúncia, insatisfeito com os argumentos de Eduardo, o sargento Márcio passou a lhe exigir os documentos, embora ele estivesse identificado por crachá da instituição. Com o não atendimento das ordens, o sargento anunciou voz de prisão a Eduardo, pela prática de desobediência e, sem seguida, tentou retirar o motorista à força do interior da van, inclusive rasgando a camisa que trajava.
Com o embate físico entre os dois, o cabo Abelário desferiu um soco no rosto de Eduardo e o retirou do veículo, levando-o para trás do ônibus, onde o agrediram. Em seguida, ele foi imobilizado e algemado, inclusive, com o auxílio de outros militares. (Texto: Cristina Rosa – foto: João Sérgio / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)
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