Baixo nível do Lago Azul há anos prejudica o turismo em Três Ranchos
O nível de armazenamento de água da represa da Usina Hidrelétrica de Emborcação, mais conhecido como Lago Azul e que banha o município de Três Ranchos, está com aproximadamente 18% de seu total. Com capacidade útil de 13 bilhões m3, a hidrelétrica opera hoje em regime de controle utilizando apenas 2,47 bilhões.
O percentual só não é pior do que o registrado em 2001, período do apagão no país, quando o nível chegou a 12%. Os dados são da própria empresa que administra a hidrelétrica (Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais ).
Criado em 1981, o lago propiciou que o pequeno município saísse das atividades agrícola e pecuária para o turismo de lazer, o que redimensionou aquele lugar otransformando em um dos principais pontos de visitação do país. Centenas de condomínios, pousadas, hotéis e casas luxuosas foram construídas para atender a demanda por hospedagem, chegando a cidade do Lago Azul, como é conhecida, receber público vinte vezes maior que a de seus moradores ou até mais que isso em determinadas temporadas. O aluguel de casas de veraneio em datas festivas como o carnaval, por exemplo, era e ainda é muito procurado.
Mas de uns dez anos para cá essa fonte de renda tem sido prejudicada consideravelmente com as baixas constantes do nível represa. Alguns hotéis e pousadas foram fechados e o movimento nos restaurantes e supermercados da cidade também está muito baixo.
A diretora de Turismo e secretária do Meio Ambiente da cidade, Clícia Lilian Santos Feitosa, disse reconhecer que o município vem perdendo visitantes ao longo dos anos, mas contou que estratégias estão sendo tomadas para evitar as péssimas consequências disso. “O que temos feito é tirar o foco do lago para outras atividades, como as esportivas e o turismo de aventura. Estamos investindo mais nisso e esse envolvimento tem sido significativo”, contou.
Clicia observou ainda que não só Três Ranchos é hoje uma opção para o descanso e o lazer no Centro-Oeste, diferente de 20 ou 30 anos atrás, mas cidades como Pirenópolis, Caldas Novas, Itumbiara e outras tantas também aparecem no cenário atual como fortes opções de visitação. “O turismo na cidade se tornou sazonal, mesmo recebendo com frequência vários turistas”, acrescentou.
Com relação a constante baixa no nível da água do Lago Azul, Clícia contou que esse assunto será discutido com a direção da Cemig e importantes instituições como Ministério Público, Saneago e Universidade Federal de Goiás, durante a II Conferência Municipal do Meio Ambiente de Três Ranchos, a se realizar amanhã (21/11), na Câmara de Vereadores da cidade.
Sobre as perdas na economia com a queda do turismo local, Clícia não soube precisar em números essa baixa, mas pontuou que a represa não foi construída para o turismo e que o município é que usufrui dele para esse fim.
Por: Gustavo Vieira
STF condena mais 14 réus pelos atos antidemocráticos que recusaram acordo com o Ministério Público…
Nota: Bolsonaro deve explicações ao Brasil, além de pagar pelos seus crimes Punição para todos…
20 de novembro: Um chamado à luta por espaços de poder e representatividade É essencial…
Boletins de crimes raciais crescem 968,5% em SP, aponta relatório Ouvidoria das Polícias estadual…
Plano para assassinar Lula foi discutido na casa de Braga Netto, diz Cid PF…
Mercado de trabalho, a evidente discriminação e desigualdade racial É preciso desenvolvimento com valorização…