Em defesa de seus interesses, o deputado atacou novamente, agora durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, onde o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, foi prestar esclarecimentos sobre supostas irregularidades do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que estão sendo investigadas.
Caiado aproveitou a tribuna para tentar fazer ligações entre o MST e as supostas irregularidades do programa do governo. Ele acusa o movimento de fazer “treinamentos na Venezuela” para uma “revolução socialista”. E trata toda e qualquer forma de participação social como “bolivarianismo”.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), líder do governo, rebateu o desespero derrotista de Caiado, deixando claro, mais uma vez, que esta oposição está empenhada em levar à frente um ambiente de terceiro turno eleitoral, e para isso, tenta atacar a credibilidade dos programas sociais do Governo.
Porta-voz da bancada ruralista, não são poucos os interesses de Caiado em enfraquecer a luta dos movimentos sociais pela reforma agrária e pelo fortalecimento da agricultura familiar. Depois de ter conseguido vetar a Política Nacional de Participação Social, a ala conservadora do Congresso segue na missão de enfraquecer, cada vez mais, a participação popular.
Para esclarecer as acusações infundadas de Caiado, o MST divulgou uma nota na segunda-feira (10) com a íntegra do acordo firmado com um movimento camponês da Venezuela. A iniciativa de cooperação entre as duas partes busca fomentar a agricultura familiar por meio da consolidação de novas relações produtivas em prol do fortalecimento das bases da economia comunal.
Em resposta às tentativas de Caiado de criminalizar os movimentos sociais, o MST afirma: “Os setores conservadores demonstram que não admitem qualquer participação popular, condenando iniciativas de criação de conselhos consultivos, convocação de plebiscitos e a realização de acordos na área de cooperativismo e economia solidária”.
Portal Vermelho
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