A reportagem do Blog foi solicitada a comparecer no Pronto Socorro da Santa Casa de Catalão na tarde desta segunda-feira (27/10), a pedido de várias pessoas que queixaram de demora no atendimento, falta de médicos e descaso com pacientes. Vários foram os relatos de horas e horas à espera de atendimento na unidade.
Segundo o hospital, as alegações quanto a essas situações se agravam quando casos de maior complexidade chegam à unidade em grande quantidade, o que faz com que a demora para atender os populares se estenda ainda mais.
Para averiguar a situação, a reportagem esteve no local por volta das 16h e se deparou com o Pronto Socorro não muito cheio, mas os que lá estavam, disseram que esse problema ocorre constantemente e nada é feito para melhorar. Essa foi a observação do coletor de lixo, Keliton Nascimento. Segundo ele, a sua espera por atendimento já passava de três horas quando foi entrevistado por nossa equipe. “Isso aqui tá um caso sério. Uma senhora aqui passou mal, desmaiou, foi levado lá pra dentro virando os olhos e acho até que morreu. Teve uma outra mulher gravida que desde às 10h esperando atendimento também desmaiou, e uma criança deu convulsão e os pais dela o levou para outro hospital. Eu te pergunto: o nosso caso também não merece atenção? Estamos aqui não é pra brincadeira não, nosso caso também é sério”, reclamou. Keliton disse sofrer com fortes dores em um dos joelhos e que não está suportando trabalhar.
Acompanhando sua esposa com problemas de pressão, Daniel Sena contou que precisou sua companheira piorar e não suportar mais seu quadro para ser rapidamente atendida. “Foi o mesmo que aconteceu com uma senhora que eu socorri aqui. Ela caiu no chão com os olhos revirados, se debatendo muito, fiz massagem no peito (cardíaca) por acreditar ter sido infarto e logo o pessoal do hospital viu aquilo e a levou para ser atendida. Antes disso, ela levantou várias vezes para dizer na recepção que não estava bem, e isso teve que acontecer para ela ser atendida. Eu acredito que ela morreu”, comentou. A senhora relatada pelos entrevistados logo foi atendida por um médico e passa bem.
Logo após os pacientes serem entrevistados a direção do hospital foi procurada para comentar o caso, mas ninguém da diretoria se encontrava no local naquele momento. Apenas foi solicitado à reportagem que no outro dia ela comparecesse na unidade para conversar com seu diretor, Dr. Clarimundo Matias da Silveira. Uma recepcionista alegou que a demora no atendimento aconteceu pela quantidade de casos de maior gravidade naquela tarde.
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