Em nova coluna em seu blog no 247, Tereza Cruvinel afirma que, mantida disputa equilibrada entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato do PSDB, Aécio Neves (PSDB), “ficará evidente que o marketing não desempata mais a disputa” e que a decisão do vencedor no segundo turno terá de vir da força das máquinas políticas. “Isso acontece quando, esgotados todos os recursos de autopromoção e desconstrução do outro, a decisão passa a depender da força eleitoral dos agentes políticos aliados a cada um”, diz ela.
“No caso presente, dos candidatos a governador, dos prefeitos e caciques regionais com poder de influência sobre a decisão de grandes blocos de eleitores. São os feudos, outrora chamados de currais eleitorais”, continua a jornalista, sobre o cenário atual. Ela cita que, em 2002, as máquinas pesaram muito a favor da vitória de Lula contra Serra, assim como no segundo turno de 2010, quando Lula articulou a ação dos aliados de peso a favor de sua candidata, Dilma Rousseff.
“Em matéria de marketing, a não ser que voltem a partir para os golpes baixos, tática de que parecem ter desistindo, os dois candidatos já queimaram os principais cartuchos”, observa Tereza. Ela acredita que, “estando no poder, tendo a gratidão e o apoio de boa parte dos governadores e dos prefeitos, Dilma leva vantagem na ação das máquinas eleitorais nos estados”. Mas que Aécio, “em matéria de ‘grandes máquinas’, conta com alguns puxadores importantes, como a família Campos em Pernambuco, Geddel Vieira Lima na Bahia, os Bornhausen em Santa Catarina, Marcone Perillo em Goiás, para ficar nos estados com maior peso”.
Com a vantagem numérica nas pesquisas e uma militância aguerrida, o PT pode novamente fazer a diferença nos últimos dias. Leia a íntegra em Quando as máquinas é que decidem.
Brasil 247
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