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Comerciante alega que suas vendas caem no período da Festa do Rosário

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A 138ª Festa em Louvor a Nossa Senhora do Rosário começou no dia 3 de outubro e só deve terminar no dia 13. Os dez dias de festas atraem milhares de pessoas de todo a região que optam por gastar o seu dinheiro nas barracas dos camelôs, pouco mais de 1.200 já devidamente instalados nas ruas do Centro.

Essa preferência por parte dos cidadãos gera grande desconforto no comércio da cidade, fazendo com a novela “comerciantes locais x vendedores ambulantes” venha à tona todos os anos no mesmo período. Este fato incomoda e muito os comerciantes catalanos que possuem as mais diversas opiniões sobre o assunto, mas alguns contam que se sentem comumente prejudicados por este tipo de comércio.
Problema esse que a Associação Comercial e Industrial de Catalão juntamente com a Câmara de Dirigentes Lojistas (ACIC/CDL), prefere não mais discutir ou tentar mudar. Em 2011 uma polêmica muito grande foi levantada pelo então presidente da entidade, Chahadeh Damach, que, preocupado com o que chamou de “concorrência desleal”, alegou que o comércio de Catalão perde e muito com os camelôs durante o evento.
Como nada pode ser feito em relação a retirada desses trabalhadores e, por certo, o desconforto deve continuar, o jeito é o logistas se adaptarem com isso. Foi o que exatamente disse Doroteia Silva e Souza, proprietária de uma rede de lojas especializada na venda de bolsas e acessórios.
Doroteia contou que há muitos anos se depara com essa situação, e que a unica alternativa é se adaptar e se precaver para que os prejuízos não afetem tanto. “Minhas venda caem cerca de 50% nesse período do ano. Não adianta dizer que não atrapalha, porque atrapalha sim. E os prejuízos não são só na época em que as barracas estão aqui não, gira por todos os meses da festa e nós só vamos nos recuperar no fim do ano”, observou.
A empresária comentou ainda outro ponto de vista que torna a concorrência enormemente desleal. “Eu pago meus impostos, pago funcionários e meus produtos são de maior qualidade. Eles não podem garantir nada ao consumidor e levam o dinheiro da cidade embora”, desabafou.
Apesar de a festa ter o prazo para terminar no dia 13, os comerciantes ambulantes estendem ainda mais sua permanência na cidade e, seguindo os mesmos rumos das edições anteriores, a saída total deles pode ser prevista para o dia 18 de outubro. Esse acréscimo de dias deve aumentar ainda mais a frustração de alguns empresários locais.
Por: Gustavo Vieira
Blog do Mamede

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