A primeira tentativa de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito de Campo Alegre de Goiás, Thiago Manteiga (PMDB), foi frustrada devido à confusão instalada no plenário da Câmara Municipal dos Vereadores da cidade.
Numa outra oportunidade, no dia 16, a CPI foi instaurada em desfavor do prefeito e é motivada diante de supostas irregularidades em contratações de empresas de serviços; envolvimento com empresas fantasmas; desvio de dinheiro público; transações e negociações ilegais; gastos excessivos e superfaturados com empresas; infração político-administrativa referente aos balancetes de sua gestão; aquisições ilícitas e outras dezenas de supostas inconsistências – denuncias essas que recaem sobre o governo de Manteiga.
O presidente da Câmara, Jincoln Barbosa Júnior, também do PMDB, agora é presidente da CPI depois que seu colega partidário Levi de Oliveira deixou o posto atendendo aos trâmites burocráticos diante do caso. Marcio Roner do PP continua sendo o relator e Marcelo Rodrigues é o novo vogal ou vice-presidente com a saída de Euler Guimarães (PSD) da comissão.
“Ao invés de se defender ele tem feito somente mandar funcionários da Prefeitura para tumultuar as sessões na Câmara. Contra ele levantamos indícios escabrosos de corrupção e ele está sendo também investigado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), procuradorias e Polícia Federal. Sua situação não está nada fácil”, disse Jincoln.
O presidente afirmou ainda ter em seu poder uma gravação telefônica em que uma suposta empresária diz repassar cerca de R$ 5 mil mensais a Manteiga por meio de propina. O prefeito tem no máximo três meses para provar sua inocência, o que Jincoln sustenta ser impossível.
Se confirmadas às acusações Manteiga pode perder seu mantado e assim entrar no “clube” dos políticos ou ex-políticos na lista dos inelegíveis. Coisa que a região sudeste do estado está repleta até o momento.
O caso que ganhou maior repercussão foi a do ex-prefeito Adib Elias (PMDB), que teve um de seus balancetes (2007) reprovados pela Câmara Municipal de Catalão, os mesmos aprovados pelo TCM. Mas esse ainda tentará por meio de recursos reverter a situação. Já o ex-prefeito de Ouvidor, Diorivan Pereira, agora filiado ao PSB, viu duas ou mais contas de sua gestão ser reprovadas pelo legislativo municipal e TCM.
Muito em breve outro que aparentemente poderá entrar nessa lista é o ex-prefeito de Anhanguera, Wander Pereira da Cunha (PTB), por, segundo o atual prefeito da cidade, Francisco da Silva (PMDB), deixar um rombo administrativo de quase R$ 2 milhões na Prefeitura. Contra Wander ainda não existe qualquer representação judicial.
Luiz Eduardo Pitaluga (PSD), prefeito cassado de Pires do Rio, teve seus direitos políticos suspensos por oito anos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por prática de abuso de poder político e captação ilícita de voto. De acordo com o jornal Estadão Pitaluga também é citado em esquema de fraude de investimentos de fundos de pensão municipal no DF e em nove estados.
Com tudo isso se pode ver que a região está repleta de nomes à beira da inelegibilidade e outros afogados por completo nessa situação. Thiago Manteiga parece estar no rumo certo, sustenta Jincoln.
Por: Gustavo Vieira
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