Apesar de enfrentar uma batalha judicial para permanecer na disputa, Arruda liderava as pesquisas de intenções de voto. Ele foi preso pela Polícia Federal quando governou o DF, entre 2006 e 2010, e foi considerado “ficha suja”, após sucessivas derrotas nos tribunais.
O candidato antecipou-se ao julgamento de uma liminar, por meio da qual o Ministério Público Eleitoral (MPE) pedia que o presidente do TSE, Dias Toffoli, determinasse a suspensão dos atos de campanha.
José Roberto Arruda foi enquadrado pela Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado, em julho, por improbidade administrativa pela Justiça do Distrito Federal. O processo é referente ao suposto esquema conhecido como mensalão do DEM.
Na sexta-feira (12), Arruda sinalizava que jogaria a toalha quando comunicou que já não acreditava que conseguiria uma sentença favorável às suas pretensões políticas no Supremo Tribunal Federal (STF). “Se ele não reverteu no Tribunal Superior Eleitoral, não ia ser no Supremo”, disse Alberto Fraga, presidente do DEM do DF, partido que faz parte da coligação de Arruda.
Outros casos
Por estarem em conflito com a Justiça Eleitoral, outros dois candidatos a governador decidiram colocar suas mulheres em seus lugares, após terem os registros barrados. Em Mato Grosso, Janete Riva (PSD) assumiu a vaga do marido, José Riva (PSD), na disputa pelo governo do estado. Suely Campos (PP) foi anunciada como substituta de Neudo Campos (PP), que concorria ao governo de Roraima. A lei eleitoral permite que as coligações possam trocar os candidatos das chapas que concorrem às eleições. O prazo termina na próxima segunda-feira (15), 20 dias antes do primeiro turno.
Na quinta-feira (12), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou recurso de José Riva para ter a candidatura liberada. Por unanimidade, os ministros entenderam que ele está inelegível. Riva foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, com base em sentença por improbidade administrativa pela Justiça de Mato Grosso.
A candidatura de Neudo Campos (PP-RR) acabou rejeitada pela Justiça Eleitoral de Roraima, em função de uma condenação por peculato e rejeição de contas pelo Tribunal de Contas de União (TCU).
Em 2010, Joaquim Roriz, candidato ao governo do Distrito Federal, lançou a candidatura de sua mulher, Weslian Roriz, após o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a validade da Lei da Ficha Limpa. O candidato vencedor foi o atual governador, Agnelo Queiroz (PT).
Fonte: Rede Brasil Atual
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