De acordo com dados divulgados pela Índia, nos últimos três meses, o Paquistão violou mais de 20 vezes o cessar-fogo na Caxemira. Por outro lado, o governo de Islamabad diz que seu vizinho e rival foi quem na verdade iniciou estes conflitos. Versões à parte, o fato é que nos últimos dias têm aumentado muito a tensão na região, pela qual os dois países já travaram duas guerras para a definição das fronteiras.
Ontem, em sua segunda visita a Caxemira desde que assumiu o cargo no final de maio, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, acusou o Paquistão de estar patrocinando na Caxemira e em outras partes do país uma “guerra de poder” contra a Índia, já que tem perdido sua capacidade de suportar uma guerra convencional.
“Temos perdido mais soldados durante esta guerra de poder do que nas guerras convencionais que travamos contra o Paquistão”, afirmou Modi em sua primeira referência pública à disputa espinhosa com os paquistaneses.
Na semana passada, o ministro da Defesa da Índia, Arun Jaitley, disse ao Parlamento que, nos últimos três anos na Caxemira o país perdeu 49 soldados. Entre tiroteios e tentativas de infiltrações, os incidentes na Caxemira somam cem, número proporcionalmente menor do que em 2013, quando foram registrados 277 confrontos.
A Índia controla a maior parte da região da Caxemira, com 138 mil quilômetros quadrados. É o único estado do país com uma população de maioria muçulmana. Islamabad gere a outra parte que possui 84 mil quilômetros quadrados. A disputa pelo território montanhoso, dividido pelo Império Britânico após a sua retirada do local em 1947, é o centro de todas as outras disputas entre as duas nações.
Prensa Latina
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