Do Portal Vermelho, Dayane Santos
“As conquistas políticas, sindicais e trabalhistas dos últimos anos começaram a partir do segundo ano do governo Lula, quando houve um alinhamento da equipe econômica ao setor produtivo fazendo com que o governo tivesse uma margem para investimentos, principalmente sociais, e gerando emprego”, afirmou Toninho, destacando que no governo FHC e nos dois primeiros anos do governo Lula, a equipe econômica se dedicou a pagar os juros da dívida, ou seja, manter o sistema financeiro internacional.
“Se olharmos quem assessora os candidatos à presidência, vemos que Aécio, por exemplo, tem como principal conselheiro o Armínio Fraga, aliado e cria do sistema financeiro. Portanto, a margem que teremos para investimentos sociais, caso Aécio seja eleito, é zero”, enfatizou.
Ainda sobre a questão econômica, Queiroz falou do “terrorismo inflacionário” feito pela oposição que tem contado com o apoio da grande mídia. “Vão errar feio. A inflação está controlada. O período é de aquecimento da economia e os investimentos internacionais continuam”, enfatizou.
Toninho, João Franzin (Agência) e Altamiro Borges(Barão) |
E completa: “A inflação vai descontrolar se o governo zerar a defasagem das tarifas públicas de uma vez. Se fizer de forma gradual, isso não vai acontecer”, ressaltou.
Enfrentar a crise
Queiroz lembrou que o governo Dilma enfrentou a crise internacional sem sacrificar os trabalhadores. “Sempre que há uma situação de crise há dois tipos de receita: fazer um ajuste fiscal drástico com redução dos investimentos sociais, do emprego, dos salários e retirada de direitos; ou a chamada medidas anticíclicas, adotada por Dilma, com ampliação dos programas sociais, promoção dos incentivos financeiros a setores da economia que gerem empregos. O simples fato de um governante decidir por um lado ou outro mostra se está do lado do povo ou não”.
Comparando com Aécio
Toninho afirma que o momento é de analisar como esses candidatos se comportariam e qual dessas alternativas os atuais candidatos optariam, caso estivessem no lugar de Dilma. “Armínio Fraga [assessor de Aécio] não esconde que quer o fim da indexação do salário mínimo, por exemplo, que tem garantido aumento real com a reposição da inflação. Milhares de trabalhadores, aposentados e pensionistas que ganham salário mínimo ficarão na dependência da vontade do governo para ter aumento. Se tiver num momento econômico bom, terão. Caso contrário, não”, enfatiza.
Congresso Nacional
Dependendo do cenário, a agenda trabalhista e sindical também ficaria comprometida no Congresso Nacional. Segundo o analista, a bancada trabalhista, na melhor das hipóteses, ficará com o mesmo número de parlamentares que tem hoje. “Tem projeto de tudo quanto é gosto para prejudicar os trabalhadores. Se não houver base social, mesmo no governo Dilma a possibilidade de resistência será menor”, disse ele, destacando que a correlação de forças dentro do Congresso é desfavorável aos trabalhadores. Hoje, são 273 empresários contra 91 ligados aos trabalhadores.
No entanto, Toninho disse que apesar dessa dificuldade, o governo federal foi fundamental para impedir a aprovação de projetos que prejudicasse os trabalhadores. “Lula vetou a emenda 3, que pejotizava o trabalhadores e retirou o projeto de flexibilização das leis trabalhistas enciado pelo governo FHC. No governo Dilma foram criados dispositivos para barrar uma série de projetos que precarizavam os direitos. Sem o governo federal isso não seria possível por conta do número majoritário da bancada empresarial”.
Redução da jornada
Toninho considera que uma das principais reivindicações das centrais sindicais, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, sem redução dos salários, tem mais possibilidade de ser aprovada com Dilma. No entanto, afirma que será uma “redução gradual” e vai exigir muita articulação do movimento sindical. “Com a correlação de forças que existe no Parlamento, nenhum governante conseguirá fazer de uma só vez”, destaca ele, finalizando que com Aécio essa possibilidade é “zero”.
Grande imprensa
Queiroz alertou sobre a campanha da grande mídia que tem levado a “descrença generalizada” nas instituições. “Isso é trágico, porque não há solução para os problemas fora da política. Você desqualifica a política para qualificar o mercado. A política está sendo apropriada pelo mercado. Esse financiamento de campanha é uma temeridade”, apontou.
Presenças
O evento contou com a presença de cerca de mais de 50 pessoas, entre dirigentes, jornalistas da imprensa sindical, blogs, sites e diversos veículos da mídia independente.
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