A Câmara Municipal de Catalão foi palco de uma audiência pública realizada na noite desta segunda-feira (5/08), que discutiu os impactos que a duplicação da BR-050 pode causar na cidade e em toda a região. O Conselho das Cidades (ConCidades), presidido pelo assessor especial da Prefeitura de Catalão, Fernando Safatle, foi quem organizou o encontro que contou com a participação de integrantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da MGO Rodovias, concessionária que administra a rodovia; além de vereadores, secretários e Jardel Sebba (PSDB), prefeito de Catalão.
Fernando Safatle explicou que essa audiência serviu para mostrar à MGO Rodovias os interesses da sociedade catalana e para entender melhor as consequências negativas que as obras podem oferecer ao todo. “São inúmeros os problemas que devemos discutir. Convocamos o consórcio e a ANTT para que eles possam ouvir as reivindicações e as demandas da cidade, e para que possam apresentar em breve soluções adequadas para grande parte das demandas”. Do mesmo sentimento compartilhou Jardel que viu como produtiva atividade.
Fernando pontuou como muito significativo a existência de cerca de 100 acessos em todo o percurso da BR que corresponde ao perímetro do município, mas a MGO e ANTT reconhecem 27 e apenas 3 deles devem receber as adequações previstas no projeto.
O gerente de Engenharia e Investimentos em Rodovias da ANTT, Cristiano Della Giustina, tratou de vários temas, falou sobre o assunto que é grande preocupação da comunidade rural, especialmente, e contou que na obrigação da concessionária duplicar o trecho, em circunstâncias especiais, nem todos os acessos serão preservados. “Na elaboração do projeto isso será levantado e os acessos serão mantidos caso não ofereça riscos de segurança aos usuários da via. Já os acessos da região urbana de Catalão são de uma demanda que também deve ser avaliada pela Prefeitura, e da parte dela a ANTT desconhece qualquer tipo de estudo”, esclareceu Giustina.
Éder Cássio, presidente do Conselho de Moradores de Catalão (CAMOC) avaliou que o encontro é de fundamental importância para que os interesses da população sejam levadas e colocados no projeto de duplicação. “A empresa vem, faz a obra e vai embora. Então, o que queremos é que isso seja discutido democraticamente e nos preocupa eles dizerem que o projeto estaria pronto, uma vez não tendo sido estudado com a sociedade. Temos o direito de sermos ouvidos por eles e essa audiência serve para defender esse interesse, para que fique bom para nós e para eles também”, acrescentou Éder.
Também compareceram os representantes da MGO Rodovias Helvécio Soares, diretor-presidente do consórcio, e Alceu Ferreira, gerente de Engenharia, mas não quiseram gravar entrevista.
Por: Gustavo Vieira